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22/03/2017
Sindifrigo garante qualidade da carne de MT e já computa perdas do setor


O Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT) analisa que a Operação Carne Fraca, deflagrada na sexta (17) pela Polícia Federal, atinge toda a cadeia produtiva da carne brasileira, mas ressalta que os 23 frigoríficos de Mato Grosso (11 de propriedade da JBS), nenhum envolvido na operação, fazem um trabalho de extrema confiabilidade. “Confiamos no trabalho das indústrias de Mato Grosso, bem como na inspeção do governo federal”, afirma o presidente do Sindifrigo-MT, Luiz Antônio Freitas Martins.

Ele explica que a operação, apesar de estar relacionada com produtos embutidos e não com carne in natura, já traz prejuízos para toda a cadeia produtiva da carne brasileira. Hoje, por exemplo, houve queda de R$ 0,40 no preço do quilo da carne com osso, o que prejudica o pequeno, médio e o grande produtor.

Vários países também declararam nesta segunda (20) o embargo temporário às importações da carne brasileira, como Chile, China e Rússia. A União Europeia fechou o mercado para os frigoríficos investigados. E Mato Grosso também sentirá reflexos dos embargos já que 23% da carne bovina produzida no estado são para a exportação. O resto vai para o consumo interno nacional, o que para Martins também terá redução pelo impacto da operação.

Segundo o presidente do Sindifrigo-MT, o que precisa ficar claro é que a inspeção à carne no Brasil é uma das mais rigorosas do mundo. “Todo o gado é inspecionado, desde a cabeça aos órgãos internos”, explica e destaca, que a carne da cabeça é 100% consumida, desde que devidamente inspecionada. “O que é preciso entender é que a carne da cabeça é uma carne que pode ser consumida assim como o filé mignon, desde que passe pela inspeção”.

Martins ressalta que a Polícia Federal deve prender os envolvidos e os culpados por irregularidades devem ser punidos, mas pondera que o uso da cabeça do suíno na fabricação dos embutidos é regular, pois a cabeça também é uma parte consumível, e que o uso da vitamina C é legalizado pelos ministérios da Agricultura e Pecuária e da Saúde.

“Temos que ter cuidado ao tratar de certos assuntos, porque os prejuízos serão da cadeia produtiva da carne e de toda a sociedade brasileira”, alerta e complementa que, no caso da carne bovina, foram mais de 15 anos de trabalho para a conquista de mercados estrangeiros. Uma luta que pode vir a ser prejudicada muito com a atual situação.

“Agora estávamos em um processo de abertura de novos mercados para a carne brasileira, como Estados Unidos e Japão e tudo pode ser perdido”, destaca. Para Martins, o que não poderia ocorrer era a generalização do problema. “Se houve anomalia ela deveria ser tratada de forma isolada e o que ocorreu foi um exagero generalizado”.

Mato Grosso detém o maior rebanho bovino do Brasil. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são aproximadamente 30 milhões de cabeças. Segundo dados de 2016, foram enviadas para o abate no Estado 4,5 milhões de cabeças de gado.

Repercussão

Nesta segunda, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, divulgou a lista com os 21 frigoríficos envolvidos na Operação Carne Fraca. O ministro afirmou que as empresas já estão fechadas e que nada sairá delas sem autorização expressa dos auditores do Mapa.

Em Mato Grosso, o governador Pedro Taques, avaliou que a operação pode prejudicar o mercado da carne em curto prazo no Estado, já que o impacto seria amenizado pelo fato de Mato Grosso ser o único no Brasil a ter um instituto da carne reconhecido internacionalmente.

Fonte: Agrolink


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