Organização dos EUA faz petição pedindo proibição de importação de carne brasileira
Uma petição dos EUA apoiada pela indústria de carne bovina quer 100 mil assinaturas para pressionar a Casa Branca a “proibir importações inseguras” de carne brasileira. Mais de 1.400 pessoas já assinaram a petição no site “We the People” da Casa Branca, que permite ao público apresentar questões para revisão política. Por trás da petição está a organização Ranchers-Cattlemen Action Legal Fund ou R-Calf, uma associação que afirma “lutar pelo produtor independente de gado dos Estados Unidos”. A petição pede que os Estados Unidos proíbam as importações de carne bovina brasileira – ela não menciona carne suína ou de aves – até que a rotulagem do país de origem (COOL) tenha sido reintroduzida. A imposição governamental de requisitos de COOL para carne bovina e suína foi revogada pela administração Obama em 2015. A petição anti-carne bovina brasileira foi apresentada em 13 de abril e precisa de 100 mil assinaturas até o dia 13 de maio para receber uma resposta oficial da Casa Branca. Ela foi registrada em resposta ao escândalo da carne brasileira, que apresentou alegações de corrupção e conluio dentro de 21 frigoríficos. Como o escândalo da carne estourou em março, os principais mercados da carne brasileira, incluindo China, Chile, Egito e UE, impuseram restrições às exportações brasileiras, mas os EUA não impuseram restrições ao Brasil, irritando a indústria de carne bovina local. A R-Calf, que está promovendo a petição em seu site, disse que já é “hora de proteger a nós mesmos e nossas famílias de importações brasileiras inseguras”. Ela enfatizou que países como a China e a UE proibiram as importações brasileiras de carne, mas não mencionou que essas restrições foram desde então retiradas. A R-Calf quer ver as palavras “nascido, criado e abatido nos EUA” impressas em toda a carne americana para proteger os produtores. O Serviço de Segurança e Inspeção de Alimentos do Departamento de Agricultura dos EUA disse que nenhuma carne das plantas brasileiras envolvidas no escândalo havia sido exportada para os EUA. Fonte: Beef Point
|