Governo adia negociação com Estados Unidos sobre limites de resíduos em carnes
O governo federal decide na próxima semana como vai negociar com os Estados Unidos o acordo que estabelece limites de resíduos nas carnes. Para seguir exportando, o Brasil precisa aumentar o número de análises que comprovam a qualidade do produto. Carga do frigorífico JBS de Barretos (SP) foi refugada pelo país nesta semana após a detecção de níveis do vermífugo ivermectina acima do permitido. Representantes do Ministério da Agricultura, frigoríficos e laboratórios debateram a exigência norte-americana, que prevê mais amostras para verificar a quantidade de resíduos de produtos veterinários, defensivos e outros contaminantes. Para atender o requisito, a indústria teria que arcar com os custos. – Para nós contratarmos o serviço demora, não é do dia para a noite. Neste caso, a parte privada teria que assumir, como já assumiu pagando os sorteios de laboratórios por um tempo maior. Então nós vamos tomar decisão disso terça ou quarta – relata o diretor de programa da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Enio Antonio Marques Pereira. A Associação Brasileira dos Exportadores de Carne vai avaliar se o investimento compensa para o setor. Mas a principal preocupação é com os medicamentos, que muitas vezes deixam resquícios na carne, acima do limite permitido por outros mercados. O assunto está sendo discutido com a indústria de insumos. – Achamos que hoje não dá, o remédio não está dando a garantia necessária para a gente mantenha as exportações – afirma o diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio. Fonte: BeefWorld
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