Oferta enxuta e aquecimento da demanda puxam preço das carnes
Todas as commodities agrícolas tem relação próxima com o clima – temperatura, regime de chuvas, estações do ano, etc. –, o que configura a sazonalidade de oferta e, consequentemente, é responsável pelas grandes variações nos preços. Grãos possuem safra e entressafra, claramente marcadas pelo período de colheita e plantio, enquanto no intervalo a oferta é dependente de armazenagem, importação, demanda etc. O mesmo vale para as carnes, uma vez que a engorda dos animais é diretamente dependente da oferta de pasto e/ou grãos, cuja disponibilidade é maior no 1º semestre (época de chuvas e da colheita de milho e soja). Dessa forma, no caso das carnes os preços do 2º semestre são mais altos do que no 1º semestre de cada ano e o movimento de alta é ainda mais expressivo próximo ao período de festividades de dezembro. Os preços no 4º trimestre em relação à média do ano ficaram 10%, 11% e 12% mais altos para carne bovina, de frango e suína, respectivamente (2001 a 2010). Nos últimos 5 anos, o preço máximo para a carne bovina no atacado foi registrado na 1ª quinzena de novembro, mesmo período observado para a carne de frango, enquanto a carne suína marca seu pico na 1ª quinzena de dezembro (veja gráfico).  Além da menor oferta, o aquecimento da demanda também é responsável pelos preços mais altos. Churrascos, festas das empresas, 13º salário, festividades de Natal e Ano Novo... inúmeros são os fatores de aquecimento na demanda, com impacto diferente para cada proteína. A queda na taxa de desemprego e melhora na renda da população reforçam esse movimento.
Final de ano é motivo de festa no campo, na indústria e no varejo! FONTE: BeefPoint
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