‘Santa Catarina já abriu as portas para o Paraná'
Apesar de receber o reconhecimento da OIE como área sem vacinação, estado vizinho luta para recuperar exportações Santa Catarina recebeu o reconhecimento da OIE em maio de 2007, mas, até agora, ainda não conseguiu recuperar o volume de exportações. Em 2005, o Estado exportou 281 mil toneladas de carne suína e, deste total, 200 mil toneladas eram para a Rússia. Com os focos de aftosa no Brasil, a exportação anual de suínos caiu para 150 mil toneladas por ano e em 2009 ainda permanecia neste patamar. Hoje, o Estado produz 730 mil toneladas de carne suína e consome 130 mil. São abatidas cerca de 9,5 milhões de cabeças/ano. ''A aftosa limita o comércio de carnes de uma forma geral'', destacou o diretor de qualidade e defesa agropecuária da Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Roni Barbosa. ''As exportações de suínos ainda não se recuperaram. Acreditamos que isso aconteça neste ano. É muito demorado para os outros países voltarem a ter confiança no Brasil'', disse. Segundo ele, o Ministério da Agricultura está fazendo um esforço muito grande, mas há a dificuldade de convencimento entre os potenciais compradores. Na área de carne bovina, os catarinenses não exportam porque não têm volume de produção suficiente, ou seja, compram de outros Estados cerca de um terço das 190 mil toneladas que consomem. Na avicultura, hoje o Estado exporta para 160 países e mais de 50% da produção é comercializada para o mercado externo. No ano passado, foram produzidas 1,8 milhão de toneladas de carne de frango e exportadas 950 mil toneladas. Cerca de 250 mil toneladas ficam para consumo interno. Segundo ele, o Japão passou a comprar mais frango, mas ele acredita que isso seja resultado da ausência de gripe aviária no Brasil. Em 2007, o Estado exportou 850 mil toneladas de frango e, em 2009, 950 mil toneladas. ''Estamos abrindo campo para outros Estados como o Paraná, mas a evolução não é tão rápida como se deseja'', disse. Ele acredita que os produtores paranaenses vão ter abertura grande para carne bovina e animais vivos, além da carne suína. ''O Paraná vai demorar bem menos para conseguir a abertura comercial do que Santa Catarina porque vai receber já meio caminho andado'', destacou referindo-se ao trabalho que os catarinenses desenvolveram até agora. Ele acredita que, quando o Paraná receber a certificação da OIE, deve exportar imediatamente para mercados que já estão abertos para o Brasil. Ele contou que Santa Catarina recebeu missões internacionais dos Estados Unidos, de países da União Europeia e do Japão. Até agora, foram abertos mercados como Filipinas e Chile e os EUA estão em negociação. ''Perdemos a Rússia em 2006 com a aftosa que surgiu em 2005 no Mato Grosso do Sul'', lembrou. FONTE: Folha de Londrina
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