Milho safrinha é a melhor opção na alimentação suplementar bovina

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Grão tem qualidade superior, boa digestibilidade e maior valor nutritivo período de inverno ainda não chegou, mas de acordo com especialistas, os pecuaristas já devem se preocupar com a suplementação da alimentação do rebanho na estação seca. Uma das opções que pode ser iniciada agora é o plantio do milho safrinha ou de segunda safra. Em Mato Grosso, de acordo com o último balanço divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em meio as oscilações climáticas os produtores de milho têm aproveitado as brechas nas chuvas para dar continuidade ao plantio. No levantamento da semana, a área plantada no Estado avançou 7,2 pontos percentuais em relação à última pesquisa, concluindo 10% de plantio. A situação atual encontrase em 1,9 ponto percentual abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior. Nesta semana a região do Estado mais avançada no plantio foi o Médio-Norte. O destaque vai para Sorriso e Sinop, ambos com 18% de sua área dedicada à cultura já plantada. Na avaliação do pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste José, Ricardo Pezzopane, o plantio pode ser feito até meados de março. Isso porque, como o milho safrinha é colhido mais cedo e a temperatura nessa época do ano começa a baixar em relação à primavera e ao verão, o produtor deve plantar cultivares diferentes das culturas normais de milho. Para pesquisador, o milho de segunda safra é uma boa oportunidade para o primeiro semestre porque é mais uma safra disponível para o pecuarista. O produto pode ser utilizado em grão ou como silagem na alimentação dos animais já que o milho produz a melhor silagem para o gado. Conforme o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, André Pedroso, o grão tem qualidade superior, melhor digestibilidade e maior valor nutritivo. Contudo, ele alerta para alguns cuidados. O produtor deve saber que a qualidade da silagem dependerá da qualidade da lavoura de milho. Se a plantação é mal cuidada, o custo da silagem aumenta já que no processo de fermentação ocorrem mais perdas e a produtividade é menor. O ponto de corte é outro aspecto a ser observado. Para o milho safrinha esse ponto é atingido geralmente em 90 dias. Segundo o pesquisador, o grão deve estar metade leitoso e metade duro, o ideal para a silagem. Após o corte o produtor deve encher o silo o mais rápido possível, compactar bem e cobrir com lona adequada. Contudo, a silagem de milho também exige maquinário adequado, no mínimo dois tratores. Se o produtor precisar diminuir os custos e riscos, pode ser mais vantajoso optar pela cana-deaçúcar in natura ou pela silagem de cana. Apesar de ter qualidade inferior, o custo é menor e a produtividade por área é maior. De acordo com Pedroso, a cana in natura é o volumoso mais barato, representando cerca de 50% do custo da silagem de milho. Já a silagem de cana é 20% mais barata que a de milho. Enquanto a silagem de cana tem produtividade média de 30 a 40 toneladas por hectare, a de milho é de 12 a 15 toneladas. FONTE: Agrolink
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