Boi vivo: Indonésia pode mudar lei e ajudar o Brasil
Especificamente de zonas que são consideradas livres de febre aftosa (FMD) dentro de um país que ainda está usando a vacinação para afastar a febre aftosa. A mudança política também poderia ajudar a incentivar o mercado indonésio a, eventualmente, aceitar embarques de carne bovina processada do Brasil. Ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil foi dada luz verde em agosto para começar a questionar a Indonésia sobre sua proibição de importações de proteínas animais brasileiras, o que poderia levar a uma disputa comerical na Organização Mundial do Comércio (OMC) este ano. A mudança na lei em setembro foi feita pelo parlamento da Indonésia para melhorar a segurança alimentar e reduzir sua dependência da Austrália para bovinos importados. Os membros da indústria de gado da Indonésia viajaram para o Brasil no início de dezembro, onde se reuniram com representantes do governo brasileiro e executivos de vários pecuaristas brasileiros, inclusive dois dos maiores processadores brasileiros de carne bovina, a JBS SA e a Minerva Foods. Muitas questões permanecem não resolvidas sobre a viabilidade das vendas de boi vivo do Brasil para a Indonésia, mas o interesse palpável é evidente no lado do mercado asiático. A primeira questão é o custo do frete: o Brasil está a cerca de três semanas afastado da Indonésia pelo oceano, enquanto a Austrália tem uma distância de transporte marítimo de quatro a cinco dias. No entanto, o gado australiano tem um custo de compra mais elevado do que o gado brasileiro, devido a altos custos regulatórios e a rigorosos padrões para este tipo de comercialização na Austrália. O Brasil exportou 574.904 bovinos em 2013, 98% dos quais oriundos do Pará, que foi considerado em 2014 como livre de febre aftosa pelo Ministério da Agricultura do Brasil e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). As exportações brasileiras de gado vivo totalizaram 594.854 cabeças entre janeiro e novembro (os últimos dados disponibilizados esta semana para a CarneTec). Fonte: Beefworld
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