O volume de negócios no mercado físico do boi gordo ainda é baixo. As vendas no mercado interno são fracas e o ritmo das exportações brasileiras de carne bovina também é menor na comparação com o ano passado, o que eleva a cautela dos frigoríficos.

Com o aumento de seus estoques, as indústrias, que ainda não conseguem pressionar os preços da arroba, optam por ficar fora do mercado.

Segundo participantes, alguns pecuaristas também preferem não negociar seus animais neste começo da semana, esperando possíveis novas altas nas cotações nos próximos dias.

Dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostraram nova queda nos embarques de carne bovina na terceira semana de janeiro.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o volume diário da proteína in natura exportado caiu 24,2%, enquanto a receita recuou 22,2%.

As vendas externas acompanham o desempenho do escoamento no mercado interno. Desde o feriado de Ano Novo, as vendas de carne com osso no atacado diminuíram, o que ajudou a reduzir a demanda dos frigoríficos por matéria-prima.

Mesmo com a menor procura, a oferta de animais prontos para abate segue restrita no mercado físico, o que explica os preços firmes da arroba.

Diante do impasse entre indústria e produtores, poucos negócios foram fechados neste segunda-feira. Em São Paulo, praça balizadora do País, as cotações permaneceram estáveis.

No Paraná, o indicador LAPBOV/UFPR fechou a R$ 140,00/arroba, em queda de 0,79%, no valor à vista em relação a semana anterior.

Fonte: Beef World, adaptado pela Equipe CIA/UFPR.