Mais de 20 entidades paranaenses ligadas ao setor agropecuário produziram na sexta-feira, dia 8, em reunião na sede da Sociedade Rural de Maringá (SRM), um ofício dirigido à ADAPAR e SEAB/PR, em que se posicionam sobre “o Paraná livre de aftosa sem vacinação”.

O ofício foi entregue nesta segunda-feira (11) em audiência pública, realizada na Assembleia Legislativa, em Curitiba. O presidente e vice-presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Moacir Sgarioni e Octávio Cesário Pereira Neto, respectivamente, participaram da audiência, bem como o conselheiro da SRM, Ricardo Pulzato e Márcio, da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon).

Na reunião realizada em Maringá, no primeiro dia da Expoingá 2015, as entidades mantiveram a posição de serem “a favor de que o Paraná seja livre de febre aftosa sem vacinação, desde que ocorra de forma simultânea” com os estados do RS, SP e MS, (SC já é).

Segundo Sgarioni “decidir suspender a imunização do rebanho significa fechar as fronteiras e comprometer a atividade de pecuária de corte paranaense”. Entre as alegações das entidades, estão a complexidade de se controlar as fronteiras para impedir que animais, sem rastreamento sanitário, ingressem em solo paranaense, e a inviabilidade econômica de se manter um plantel de vacas de cria, por causa do alto custo das terras, ocupadas pelo cultivo de grãos, cana, mandioca e reflorestamento no Paraná.

O ofício traz outras considerações como o valor de ICM reduzido (índice sugerido de 4%) para transportes interestaduais de bezerros (as), bois e vacas magras, destinados à recria ou terminação fora do seu estado de origem; também o alto custo da ração a base de grãos, entre outros.

Ainda de acordo com Sgarioni, as entidades vão acrescentar novas informações ao documento. Vão também contrapor dados apresentados pelo governo e entregá-lo na próxima audiência pública, marcada para 1 de junho, em Curitiba. O Governo do Paraná já apresentou na semana passada ao Mapa a solicitação para receber o status de área livre.

Fonte: BeefPoint