As exportações totais de carne bovina in natura e processada em agosto continuaram em queda pelo terceiro mês consecutivo em relação aos números de 2015, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior e compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). No total, em agosto deste ano foram exportadas 108.780 toneladas, queda de 3% em relação as 112.466 toneladas no mesmo mês em 2015. O faturamento caiu 10%, saindo de US$ 497,7 milhões de dólares no ano passado para US$ 449,5 milhões neste ano. No acumulado do ano, as exportações somam 926.857 toneladas, com receita de US$ 3,5 bilhões. Em comparação com o ano passado, o volume subiu 8%, em compensação, a receita caiu 3%. O desempenho pode ser atribuído à desvalorização do dólar frente ao real.

Sozinhas, as exportações de carne bovina "in natura", que representam quase 80% da movimentação do país no setor, renderam US$ 350,8 milhões em agosto, resultando em uma média diária (23 dias) de US$ 15,3 milhões. A quantidade total movimentada chegou a 82,5 mil toneladas, ou média diária de 3,6 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.253,40. Na comparação com julho, houve recuo de 1,6% no valor total exportado, redução de 8,4% na quantidade total e valorização de 7,4% no preço médio. Na comparação com agosto de 2015, houve perda de 20,8% no valor total exportado, perda de 15,7% na quantidade total e desvalorização de 6% no preço médio. Destinos - Ainda no acumulado do ano, a China continua disparada a maior importadora da carne bovina brasileira, respondendo por 31% das exportações de carne bovina in natura e processada. Pela cidade-estado de Hong Kong entraram no país asiático 201.725 toneladas, alta de 22% em relação às 165.434 do ano passado. Também foram exportadas 95.485 toneladas para a China Continental em 2016. O Egito também ampliou suas compras, saindo de 127.352 toneladas de janeiro a agosto em 2015 para 142.646 toneladas neste ano, alta de 12%. Em contra partida, dois importantes clientes do Brasil, Rússia e Irã, diminuíram suas compras.

Fonte: Beefworld