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19/12/2016
Alto custo da ração eleva consumo de sal mineral


A alta no preço do milho em boa parte de 2016 causou inúmeros impactos na cadeia produtiva da pecuária de corte, afetando diretamente a redução no número de animais confinados. Esse movimento, porém, aumentou o uso da suplementação a pasto, semiconfinamentos, o que aqueceu a demanda por sal mineral durante o ano.

De acordo com estimativa do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), é previsto que as vendas do insumo terminem 2016 com aumento de 7% em relação ao ano anterior.

O CEO da entidade, Ariovaldo Zani, destaca que apesar do saldo positivo, o resultado foi muito aquém do esperado. “As vendas de sal mineral chegaram a registrar crescimento de mais de 20% no primeiro semestre do ano”, avaliou o executivo, acrescentando que o desempenho é do sal mineral pronto para uso. "Nos outros insumos de sal enriquecido, também houve crescimento, mas não tão significativo".

Por coincidência, o resultado é exatamente inverso à queda na produção de ração para bovinos de corte, que deve fechar o ano com recuo de 7%. “Além da alta no preço do milho, devemos lembrar que os pecuaristas sofreram com o alto custo dos animais de reposição”, acrescentou.
Balanço e expectativas - Em encontro com jornalistas realizado em São Paulo, SP, o Sindirações divulgou a expectativa de produção de 66,8 milhões de toneladas de ração animal em 2016, desempenho semelhante ao do ano anterior.

De janeiro a setembro, foram produzidas mais de 50,3 milhões de toneladas, alta de 1% em relação ao mesmo período em 2015. O desempenho foi puxado pelo crescimento de 3,4% no setor de suínos, que alcançou 11,7 milhões de toneladas. “A demanda por rações de suínos equilibrou o recuo na produção de alimentos para bovinos e fez com que o balanço fechasse no azul”, explica Zani.

Para 2017, a expectativa é mais otimista. Com o recuo no preço do milho, o Sindirações espera que a produção de rações alcance o recorde histórico, superando 69 milhões de toneladas. O cenário está atrelado à perspectiva de safra recorde de grãos e à queda na cotação da saca de milho nos últimos meses.

No entanto, Zani recomenda cautela nas projeções. Segundo ele, um evento climático e/ou as instabilidades politico-econômicas do Brasil podem frustrar as estimativas de safra mais robusta de cereal e preços mais baixos no mercado interno. “Caso ocorra uma forte oscilação cambial, como nos últimos dois anos, podemos ter uma explosão das exportações, o que causaria um forte impacto no setor”, concluiu o executivo.

Fonte: Portal DBO


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