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05/01/2017
Agronegócio deve crescer 2% e responder por metade da expansão do PIB este ano


A expectativa de uma safra recorde de grãos este ano levou economistas a apostarem no agronegócio como a salvação para que a economia brasileira não amargue o terceiro ano sem crescimento em 2017.

De acordo com o Banco Santander, o setor, que engloba além da agropecuária, insumos, agroindústria e serviços ligados a essa cadeia, deve ser responsável por metade do magro crescimento econômico previsto para o país em 2017, de 0,7% nas contas do banco (o mercado espera 0,5%).

O PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio, que representa quase um quarto (22%) do PIB nacional, deve crescer 2%, quase três vezes mais, segundo a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Só o PIB agropecuário, que tem peso menor na economia, de 5%, deve crescer 4,2% este ano, depois de cair 6 % em 2016, segundo projeções do Santander.

“O agronegócio será o grande destaque positivo em relação aos outros setores da economia em 2017. O PIB da indústria deve crescer 1,3%, respondendo por um quarto da expansão da atividade do país, enquanto a agropecuária responderá por 35% do desempenho da economia. O setor tem peso relativamente baixo, mas quando se olha todo o encadeamento, a contribuição é muito significativa, destoando dos demais setores”,  afirma Rodolfo Margato, economista do Santander.



Luis Otavio Leal, economista-chefe do Banco ABC, ressalta que os efeitos do bom desempenho da agropecuária vão se espalhar, beneficiando outros setores, como de veículos automotores pela venda de tratores, o segmento petroquímico pela venda de adubos e fertilizantes, etc.

Ele diz que a contribuição da agropecuária no primeiro trimestre será importante para ajudar a diminuir a queda no PIB herdada do ano passado, o chamado carregamento estatístico, já que 2017 começa com a atividade num nível inferior à média do ano passado. A expectativa é de queda de 3,5% em 2016.

Fabio Silveira, sócio-diretor da Macro Sector, diz que o agronegócio é muito mais importante para gerar superávit comercial, liquidez e controlar preços. “No PIB, o efeito é menor”.

A CNA também espera crescimento das exportações de carne bovina, principalmente para China e Hong Kong. Esses dois países compravam carne bovina da Austrália, mas diante da queda do abate nesse país e o dólar cotado entre R$ 3,10 e R$ 3,50, o produto brasileiro tornou-se mais competitivo. Só entre janeiro e setembro de 2016, foram exportadas 214 mil toneladas, o equivalente a US$ 750 milhões para Hong Kong. A previsão é que a produção de carne suba 2%, mas os preços devem cair 2,5%.

A perspectiva de um ano sem problemas climáticos melhoram as projeções para a inflação, aproximando-se do centro da meta definida pelo Banco Central, que é de 4,5%.

Fonte: BeefPoint


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