O que você achou do nosso site?



10/03/2017
Entidade diz serem infudadas as suspeitas de Mal da Vaca Louca no Rio e Nordeste


O Conselho Nacional da Pecuária de Corte – CNPC, entidade que representa a cadeia produtiva da carne bovina e promotora de discussões que envolvam a sanidade, o bem-estar animal e a segurança alimentar, considera infundadas as alegadas suspeitas de que esteja havendo casos de consumo de carne bovina com o “Mal da Vaca Louca” no Rio, mais especificamente em Niterói, e no Nordeste, doença que, anos atrás, atacou os rebanhos da Europa, Estados Unidos e Canadá, mas que atualmente se encontra plenamente controlada.

“Essa doença, na sua forma patogênica, nunca chegou ao Brasil ou a outros países da América Latina” afirma o presidente em exercício do CNPC, Sebastião Costa Guedes. Para ele, “a doença verificada em Niterói e no Nordeste deve ter outras origens, conforme dados disponibilizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Nos primeiros contatos que mantivemos com os técnicos do ministério, a princípio não houve indícios de que sejam originadas pelo agente da BSE/EEB, enfermidade de características crônicas que levam meses e até mesmo anos para se manifestar em humanos”, aduziu.

O presidente do CNPC afirma que as primeiras equivocadas alegações dessa notícia ocorreram em Niterói, em 20 de janeiro passado. “Autoridades da saúde já descartaram qualquer relação desta infecção aguda com a carne vermelha”, diz Guedes, que faz alerta à população para evitar pânico, e não deixar de consumir carne vermelha desde que de boa procedência e bem armazenada.

Esclarecimentos

O site Boatos.org postou alguns esclarecimentos sobre o tema.

Ponto 1: DCJ não é vaca louca

O grande problema (ou um deles) é que a DCJ não é necessariamente, “vaca louca”. A DCJ é, de fato, uma doença gravíssima e fatal. De acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados 170 casos da doença entre 2005 e 2013 no Brasil. A vaca louca é conhecida como uma das variantes da doença de Creutzfeld-Jakob (vDCJ).

A “doença da vaca louca” só é diagnosticada quando a pessoa adquire a DCJ após consumir carne bovina contaminada com Encefalite Espongiforme Bovina. Essa é apenas uma das quatro formas de se adquirir DCJ. Detalhe: nunca ocorreram casos de vDCJ no Brasil.

Ponto 2: casos suspeitos não são casos confirmados

À época da divulgação da informação, a própria Prefeitura de Niterói explicou que os casos suspeitos de DCJ não não
tinham relação alguma com o consumo de carne. Ou seja, ainda há chance de ser DCJ, mas não vDCJ (a vaca louca).

Ponto 3: por que o governo esconderia?

Não faz muito sentido um governo esconder uma enfermidade para ganhar dinheiro com exportação. Primeiro, porque quem ganha são as pessoas que vendem a carne. Segundo, porque no caso de uma epidemia quem teria o prejuízo seria o próprio governo. Não só moral (por deixar a doença se alastrar) como também financeiro (com internações no SUS).

Ponto 4: epidemia não é tão fácil assim de acontecer

Mesmo que os casos de Niterói fossem de “vaca louca” (o que tudo aponta não ser), não caracterizaria um surto ou uma epidemia. Leia uma explicação desta matéria do UOL de 2015:

Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades.

Epidemia: a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma epidemia a nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma doença, a epidemia a nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos e a epidemia nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país.

Ponto 5: áudios do WhatsApp não são confiáveis

Se, de fato, casos de vaca louca tivessem sido confirmados no Brasil, os áudios não seriam a principal fonte da informação. A cobertura da mídia seria bem intensa.

Fonte: BeefPoint


 Voltar  Enviar para um amigo  Imprimir

 30/05/2019 - Novo Site CIA/UFPR
 13/05/2019 - Acordo pode fortalecer EUA no mercado de carne bovina do Japão
 13/05/2019 - Queda no preço do milho deve elevar confinamento em até 7%
 13/05/2019 - Exportações de boi em pé ajudam a sustentar preços de reposição
 13/05/2019 - Previsão do tempo para esta Terça-feira (14/05/2019)

 
 

Nome
E-mail