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30/06/2017
Carne: mercado deve passar por mudanças


 Carne: mercado deve passar por mudanças Relatório do Rabobank não cita a decisão dos EUA de suspender as importações de carne fresca brasileira
Investigações sobre irregularidades em inspeções de carne no Brasil, o envolvimento da JBS em um escândalo político, um novo acordo comercial entre Estados Unidos e China, e uma possível proibição do abate de bovinos na Índia podem causar mudanças significativas no comércio global de carne, diz o Rabobank em relatório trimestral sobre o setor.

No documento, o banco lembra que o setor de carne do Brasil foi afetado por dois eventos marcantes durante o primeiro semestre deste ano. Em março, as investigações da Polícia Federal sobre irregularidades em inspeções levaram vários países a restringir temporariamente a importação de carne brasileira. Além disso, em maio, a JBS, maior processadora de carne bovina do país, se viu envolvida em um grande escândalo político.

Nos primeiros cinco meses de 2017, as exportações brasileiras de carne bovina caíram cerca de 10% ante igual período do ano passado, abrindo espaço no mercado global, diz o Rabobank, acrescentando que a queda recente dos preços de gado no país pode resultar em redução ainda maior da produção. O documento, no entanto, não cita a decisão dos EUA de suspender as importações de carne bovina in natura do Brasil, anunciada na semana passada. Segundo autoridades norte-americanas, a suspensão foi motivada por preocupações recorrentes em relação à segurança do produto destinado ao mercado dos EUA.

No relatório, o Rabobank também destaca o acordo comercial mais amplo entre EUA e China anunciado em maio, que inclui a reabertura do mercado chinês à carne bovina norte-americana, após uma proibição de mais de 13 anos. Embora a expectativa seja de volumes iniciais modestos, este canal de comércio deve se tornar muito importante mais à frente, tendo em vista que a China é o maior importador mundial de carne bovina, diz o banco. Segundo o Rabobank, a reabertura da China a outro grande exportador, após os embarques do Brasil terem sido liberados em 2015, deve acirrar a concorrência por esse importante mercado.

O banco observa que o momento da reabertura do mercado chinês é bastante oportuno para os EUA. Brasil, Índia e Austrália, três dos maiores exportadores mundiais, enfrentam limitações de oferta e outras questões em seus respectivos mercados que podem acelerar os embarques norte-americanos para a China, diz o Rabobank. O relatório diz também que as exportações dos EUA em relação à produção estão em níveis bastante elevados e que isso deve ter um impacto significativo sobre os preços de gado e de carne.

Quanto à Índia, o governo do país disse no começo de junho que proibiria a venda de gado para abate. Como a Índia é um dos maiores exportadores mundiais de bovinos, isso teria um enorme impacto global. A medida, no entanto, foi bastante criticada por grupos representantes do setor, e alguns analistas acreditam que ela não deve continuar em vigor por muito tempo.

Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO


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