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14/10/2010
Preço da carne vermelha dispara no Paraná


Nos açougues e supermercados do Paraná os preços da carne estão subindo quase que diariamente. Uma combinação de fatores que envolve consumidores, produtores, o clima seco e o ciclo pecuário tem contribuído para que a carne bovina esteja entre os produtos mais caros da cesta básica este ano.

Dados da Scot Consultoria, de Bebedouro (SP) - que realiza pesquisas semanais na cadeia produtiva da carne -, apontam que o produto teve uma valorização de 10% no Estado entre janeiro e outubro deste ano.

Para José Antonio Fontes, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte (ANPBC), o aumento está relacionado diretamente a alguns pontos como a manutenção do consumo, o aumento do abate de fêmeas nos últimos três anos, a prorrogação da seca e a redução do volume de animais tratados em confinamento. "Todos esses fatores aconteceram simultaneamente, o que é raro. Como a renda do brasileiro está boa, o consumo interno não caiu. Entretanto, a oferta dos animais está aquém da demanda", explica.

Já o aumento do abate das fêmeas está diretamente ligado ao ciclo pecuário. Alex Lopes da Silva, consultor de mercado da Scot Consultoria, explica que em 2006 a oferta estava alta e os preços baixos, o que levou os produtores a aumentar os abates de matrizes para diminuir as despesas de produção e, assim, incrementar os ganhos. "O aumento de preços da carne vermelha atinge todo o Brasil. Agora, o pecuarista tem retido suas fêmeas, mas leva um certo tempo para o ciclo voltar ao normal. A recuperação é lenta e o mercado deve permanecer firme até o final do ano", ressalta Silva. Só como comparação, o especialista mostra que em São Paulo o aumento foi de 14% e no Rio de Janeiro, 8%.

Outro fator importante para a valorização do produto são as exportações, inclusive para países com certa tradição na produção de carne vermelha, como a Argentina. "Tem faltado carne vermelha em todo o mundo, o que faz que até a Argentina queira importar nosso produto. Os preços não vão retornar aos antigos valores no País. O pecuarista esta em processo de recuperação, negociando como em setembro de 2008", comenta o presidente da ANPBC

Dentre os cortes que tiveram maior aumento na média do Estado, segundo informações do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), estão o alcatra (22%), o contrafilé (18,5%), o coxão mole (14,28%), o patinho (13,92%) e o acém (14,33%). "Os números relacionados ao aumento da arroba do boi são significativos, mas o consumidor não deixa de consumir a carne vermelha, é um hábito do brasileiro. Não podemos dizer se a arroba do boi vai subir ainda mais, já que não sabemos como o clima vai se comportar", completa Adélio Borges, consultor de bovinocultura de corte do Deral.

FONTE: IEPEC


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