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21/07/2017
Paraná deve parar de vacinar contra aftosa em 2019


Fonte: Adapar

Depois de quase suspender a vacinação contra a febre aftosa há cerca de dois anos, o Paraná se prepara para deixar de vacinar seu rebanho bovino no primeiro semestre de 2019, de acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapar).

Se efetivada, a medida antecipará em dois anos o estipulado pelo Plano Estratégico de Erradicação de Febre Aftosa (Pnefa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No cronograma do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa), o Paraná faz parte do bloco 4, que só deixaria de realizar a vacinação no primeiro semestre de 2021.

Segundo o diretor-presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, o Mapa sempre esteve ciente da meta do Estado e a decisão de suspender a vacinação não irá afetar o plano. “Acredito que isso irá, inclusive, dar mais força ao planejamento do Mapa, uma vez que serviremos de exemplo para os demais Estados”, afirmou.

O executivo ressaltou que a meta leva em conta uma série de processos e que se algum deles não tiver concluído no fim de 2018, a suspensão da vacinação no Estado será adiada. “Só deixar de vacinar não é suficiente. É necessário criar uma barreira robusta que garanta segurança a todas as cadeias produtivas. Nosso plano está fixado em quatro pilares. Ele tem que ser tecnicamente viável; trazer benefícios econômicos; ser politicamente sustentável; e estar pronto em um momento oportuno. Se algum desses requisitos não for viável, não suspenderemos a vacinação”.

Em relação ao último ponto, 'momento oportuno', Kroetz destaca que se trata de uma série de variáveis, como a situação sanitária dos vizinhos no momento. “Jamais iremos pedir a retirada da vacina caso algum estado ou país que faça fronteira com o Paraná tenha registrado algum foco da doença naquele momento”.

A demanda para retirar a vacinação contra febre aftosa no Paraná é um apelo, principalmente, do setor de suínos. O Estado concentra o segundo rebanho suíno do País e é também o segundo maior exportador, atrás apenas de Santa Catarina. Os suinocultores alegam que o fato de o Estado ainda vacinar contra febre aftosa mesmo sem ter nenhum foco da doença há mais de uma década coloca uma grande desconfiança no sistema de inspeção do Brasil e evita que eles acessem mercados externos que pagam melhor.

No caso da bovinocultura de corte, o executivo cita que o recente caso da suspensão das exportações de carne bovina para os EUA seria evitado caso nos últimos anos o Brasil tivesse concentrado esforços em retirar a vacinação ao invés de melhorar a vacina.

“Se não vacinássemos, isso não aconteceria. Demorou mais de 17 anos para abrir esse mercado e em menos de 17 meses já abalamos essa relação. Espero que isso reforce ainda mais a necessidade da suspensão da vacinação e que os estados não meçam esforços para que isso aconteça”, concluiu Kroetz.

De acordo com a Adapar, boa parte das adequações para que o Estado solicite o status livre de aftosa sem vacinação à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 2019 já foi concluída. Ainda faltam a construção de três barreiras interestaduais em MS, SC e SP. Por questões logísticas, a mais difícil delas é  na fronteira com São Paulo, na cidade de Campina Grande do Sul. Também serão contratados 35 veterinários para recompor o quadro de funcionários.

Fonte: Portal DBO


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