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04/08/2017
Fórum da Pecuária Lucrativa aposta no mercado interno


A economia brasileira vai crescer com mais robustez a partir de 2019, mas já permitirá aumento no consumo de carnes a partir deste segundo semestre. A aposta marcou a largada dos debates promovidos pela Rehagro e Coan Consultoria em Ribeirão Preto (SP), na primeira manhã do “Fórum da Pecuária Lucrativa | A Pecuária de Corte em sua Essência – O Pasto”, no Centro de Eventos do Ribeirão Shopping. O encontro reúne pecuaristas, consultores, especialistas e profissionais de empresas que atuam no segmento em dois dias de debates, quinze palestras e quatro painéis sobre Gestão, Mercado, Cria, Recria e Engorda. Adolfo Fontes, analista sênior do Rabobank, abriu o painel Gestão e Mercado falando sobre as tendências de mercado e perspectivas para 2018 e 2019. Ele voltou a defender que houve queda de pelo menos quatro quilos por habitante no consumo de carne bovina durante os dois anos de recessão. Mas que o panorama começa a mudar neste segundo semestre. “Sem analisar os fatos políticos, imagino que a economia pode sustentar o início de retomada do consumo das carnes e a pressão sobre os preços, principalmente em 2018, mas já com alguma força neste ano”, reforçou.

Gustavo Lemos, diretor da Safras & Cifras, apontou o que os futuros sucessores necessitam saber para o sucesso do negócio. “Pensamento a longo prazo, intensidade, engajamento sempre foram características marcantes da empresa familiar. Mas hoje apenas dois pontos são essenciais: comunicação e dinheiro”, afirma. Para ele, os clientes de sucesso da Safras & Cifras têm comportamento bem distinto: não conversam sobre sucessão em épocas de crise, comunicam sempre e formalmente, falam sobre o negócio o tempo todo e evitam ao máximo rupturas. Vitoriano Domas, coordenador de pós-graduação de gado e corte e consultorias da Rehagro, apresentou um relato sobre como elaborar o orçamento da fazenda na prática. “Construir as estratégias técnicas, definir metas, validá-las, promover reuniões mensais, criar planos de ação sobre os desvios mais significativos e padronizar ações dos desvios frequentes são atitudes absolutamente necessárias ao negócio. Conhecer os custos e as estratégias são fundamentais, ainda mais em momentos como este. A gente corre riscos se não mudarmos constantemente”, alertou Vitoriano.

Patrícia Menezes Santos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) fechou as apresentações da manhã tratando do futuro das forrageiras tropicais diante das mudanças climáticas. “Ela falou sobre temperaturas, chuvas, a irregularidade inerente às métricas utilizadas nos estudos, as questões regionais, notadamente nas áreas de florestas, e como as pesquisas procuram ajudar na adaptação de variedades utilizadas pelos pecuaristas. “Mas, de maneira geral, a tendência é de aumento da produção de forragens no Brasil”, sentenciou. À tarde, foi a vez do painel da Cria, que começou com o Pesquisador Luis Gustavo, da Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores (ANCP) da Universidade de São Paulo (USP), orientando como utilizar as predições genômicas para melhoria da produtividade. “As DEP’s genômicas estão permitindo cada vez mais acurácia nos parâmetros que desejamos imprimir nos rebanhos, mas não substitui a importância de um trabalho bem feito com manejo, estação de monta, sincronizações corretas”, complementou.

Já Rodrigo Patussi, consultor sênior da Terra Desenolvimento Agropecuário, analisou várias métricas que influenciam o lucro no sistema de cria. “Fertilidade, peso a desmama e qualidade da matriz são questões importantes, mas não podemos esquecer de outros pontos como nutrição da vaca, datas de nascimento dos bezerros e descarte das matrizes”, orientou Patussi. Na sequência, Maurício Tonhá e Adriano Barbosa, da Estância Bahia, fizeram uma apresentação sobre como valorizar a venda de meu produto em épocas de crise. Eles falaram da importância do leilão como veículo de comercialização de bovinos, a divulgação, a homogeneidade dos lotes, a boa apresentação dos animais e a venda em lotes maiores. “Não existe ninguém bobo no setor e são poucos os pecuaristas que sabem vender seu produto. É uma atividade que deve estar a cargo de bons profissionais, que certamente vão obter resultados mais interessantes ao seu negócio”, confirmou Maurício Tonhá.

O último especialista a falar foi o professor Cláudio Maluf Haddad, da Faculdade de Agronomia da USP (ESALQ), que explicou quais as alternativas para a recuperação ou reforma das pastagens brasileiras. “Infelizmente, o pecuarista brasileiro dificilmente trata bem da sua forragem, do seu solo. Temos que orientá-lo cada vez mais neste sentido: fertilizar o solo, fiscalizar o status da forragem, cuidar das pragas e das plantas invasoras”, acrescentou. Nesta sexta-feira, vão ser realizados os painéis sobre Recria e Engorda, com mais oito apresentações.

Fonte: Beefworld


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