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24/08/2017
Paraná quer suspender vacinação contra aftosa


A Secretaria da Agricultura e Abastecimento e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) solicitaram ao Ministério da Agricultura uma auditoria para atestar o estado como área livre de febre aftosa sem vacinação. “Se tudo der certo, esperamos fazer a última campanha de vacinação contra febre aftosa em maio de 2018”, afirma o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.

Segundo ele, a reivindicação da medida é um consenso nas lideranças das cadeias produtivas de proteína animal no Paraná como bovinos, suínos, aves, leite e peixes. “Os líderes decidiram, em conjunto, suspender a campanha de vacinação no ano que vem”, complementou.

De acordo com Ortigara, ao tornar o estado área livre da doença sem vacinação, o objetivo é alcançar mercados mais disputados e valiosos, um desafio que provocará uma transformação no setor produtivo de proteínas animais no Paraná, diz ele. “Temos que deixar de usar ferramentas antigas e partir para a inteligência no controle sanitário”, defendeu.

Ortigara calcula que 65% do mercado suíno no mundo não compra carne suína do Brasil porque o país ainda vacina contra febre aftosa. “Não conseguimos acessar mercados importantes como Japão e Coreia do Sul, que só compram carne suína de países sem vacinação contra aftosa”, complementou.

O diretor-presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, diz que a instituição está trabalhando com a expectativa de ter condições para que seja possível recomendar tecnicamente, e com segurança, a suspensão da vacinação contra a febre aftosa. E que o prazo entre a retirada da vacinação e o reconhecimento nacional e internacional seja o menor possível.

Os dados oficiais, segundo a Adapar, mostram que historicamente os índices de vacinação contra a febre aftosa no Paraná estão acima de 95% e as propriedades com avicultura e suinocultura comercial estão todas georeferenciadas, bem como 92,38% das propriedades cadastradas com bovinos. A meta é atingir 100% de georeferenciamento nas propriedades com bovinos até o final de novembro.

“Os resultados da auditoria são decisivos para os encaminhamentos oficiais da condição para a suspensão da vacinação e o reconhecimento de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação”, disse Kroetz.

Ele explica que os preparativos para almejar o status pleiteado vêm sendo construídos ao longo dos anos, seguindo normas e recomendações tanto pelo Mapa como pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), responsáveis pelo reconhecimento nacional e internacional. Recentemente, o Governo do Paraná autorizou a contratação de mais 35 médicos veterinários remanescentes de concurso realizado em 2014. Eles complementarão a ocupação necessária em postos de trabalho estratégicos para a defesa sanitária agropecuária animal no Estado, afirmou.

Fonte: Revista Globo Rural


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