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04/11/2010
Pecuaristas do PR querem mais incentivo do governo para sanidade


O Brasil iniciou a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa. No Paraná faltou vacina na primeira fase da campanha e os produtores esperam que o problema não se repita. A sanidade nacional do rebanho é outro assunto entre os pecuaristas. Eles esperam mais investimentos do governo federal no setor.

O criador José Moacir Turquino quer vacinar o quanto antes as 300 cabeças de gado que tem no município de Bela Vista do Paraíso, no Paraná, e outras 3,2 mil em Mato Grosso do Sul. Nos dois Estados a dose ficou mais cara em relação à primeira etapa - subiu de R$ 1,20 para R$ 1,40. Ele pagou para não correr o risco de procurar mais tarde e não encontrar.

Na primeira etapa, o Paraná vacinou somente animais jovens, que são praticamente a metade do rebanho do Estado e estão estimados em 9,5 milhões de cabeças. Mas em maio faltaram 200 mil doses, segundo a Secretaria de Agricultura porque o Estado divulgou a intenção de suspender a vacinação ainda este ano, o que levou as revendas a reduzirem o volume de compras do produto. No primeiro semestre foi preciso estender a campanha em 10 dias para completar a vacinação, o que não deve acontecer agora.

– Na primeira etapa, houve falta de vacina. Realmente foi muito difícil porque, como seria a última campanha, as lojas não compraram o suficiente. Nós não estamos esperando falta de vacina agora, porque existe um estoque estratégico do fabricante de vacina, que é muito superior ao que o Paraná precisa – afirma o chefe da Unidade Veterinária da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) em Bela Vista do Paraíso, Antônio Aparecido dos Reis.

A secretaria promete fiscalizar não só a vacinação, mas as revendas de vacina em todo o Estado:

– Nós temos, por obrigatoriedade do Ministério, que acompanhar algumas propriedades. Isso já é de praxe em todas as campanhas. E a gente está também de olho na venda das vacinas nas lojas, controle de venda, de temperatura e tudo – garante o superintendente do Departamento de Fiscalização da Seab, Carlos Alberto Bonezzi.

E, se o status de livre de aftosa sem vacinação representa um ganho a mais, especialmente aos olhos do comprador externo, o pecuarista Moacir Turquino propõe suspender a imunização em bloco entre o Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e até Minas Gerais. A ideia é proteger a principal área produtora de carne no Brasil, para que se reduza o risco de prejuízo, por exemplo, com a limitação da genética e de trânsito dos animais. Mas, o produtor acredita que é preciso muito investimento do governo federal nas barreiras interestaduais e internacionais, que são fundamentais para o sucesso da medida.

– Logicamente que as barreiras são muito importantes para nós todos. Têm que ser realizadas contratações de técnicos e de muita gente, a fronteira tem que ser fiscalizada 100% porque, se falhar em uma cabeça de gado, todo esse trabalho, toda essa despesa cai por terra. É gastar sem ter o lucro necessário para o nosso Estado. Tem que ser bem pensado, bem organizado, em conjunto com os outros Estados, para fazer a coisa pra valer – afirma.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli, acrescenta que o governo da nova presidente, Dilma Rousseff, precisa aumentar os investimentos em toda a cadeia produtiva da carne e dar liberdade para a iniciativa privada trabalhar.

FONTE: Canal Rural


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