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10/04/2018
Associação busca alternativas de crédito para ILPF


 Associação busca alternativas de crédito para ILPF Renato Rodrigues, presidente do Conselho Gestor da Associação Rede ILPF
Uma das dificuldades atuais da implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) está na obtenção de crédito para financiar os gastos iniciais do modelo. O Plano Safra oferece a linha ABC - que também contempla recuperação de pastagens, plantio direto e outras tecnologias -, mas muitos produtores já relataram dificuldade em encontrar agências que ofereçam essa opção. E é na expansão e facilitação desse tipo de crédito que a Associação Rede ILPF, formada por Embrapa, John Deere, Cocamar, Syngenta, Soesp, Bradesco e SOS Mata Atlântica, pretende trabalhar. “Estamos conversando intensamente com o sistema bancário e com financiadores para oferecer um pacote de benefícios financeiros para o produtor, para que ele tenha incentivo extra para a adoção da tecnologia”, afirma Renato Rodrigues, presidente do Conselho Gestor da entidade.

O objetivo da associação é criar um fundo, composto também por empréstimos internacionais, que poderia repassar recursos aos produtores. “A ideia é que esse mecanismo seja mais flexível e acessível para o produtor”, explica Rodrigues. Os rendimentos do fundo ainda custeariam as ações da associação. Além do Bradesco, que se uniu recentemente à associação, a Rede ILPF já vem articulando parcerias com organismos internacionais como a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e a Sociedade Alemã de Cooperação Internacional (GIZ).

O Bradesco garante que tem condições técnicas e de alcance para oferecer crédito voltado a sistemas integrados, uma vez que já disponibiliza outros produtos para pecuaristas e agricultores. “O banco tem capilaridade, está presente em todo o território nacional, então tem essa facilidade de colocar linhas de crédito para que o produtor consiga adotar essas tecnologias de forma efetiva”, diz Aurélio Guido Pagani, diretor do Bradesco.

A princípio, os produtores que terão acesso aos recursos do fundo serão os que fizerem parte do programa “Rede ILPF: 1 milhão de hectares para a agricultura do futuro e a segurança alimentar no Brasil”. Como o nome diz, a meta é ter pelo menos 1 milhão de novos hectares com ILPF cadastrados no projeto até 2030. De acordo com pesquisa da Rede ILPF, em 2016, o país tinha 11,5 milhões de hectares com algum tipo de integração, sendo 9% - cerca de 1,03 milhão de ha - de ILPF.

O foco também será agregar valor à produção por meio da certificação de fazendas. A assistência técnica não será esquecida. O programa pretende avançar na capacitação de profissionais especializados em ILPF, ponto que atualmente é um entrave para o avanço dos sistemas, e na transferência direta para os produtores. Uma plataforma digital de assistência técnica deve ser desenvolvida para que o acesso seja mais fácil. “Os dias de campo vão continuar existindo, mas precisamos olhar também para o digital”.

Em relação à viabilidade financeira dos sistemas integrados, Renato Rodrigues afirma que eles são válidos para todas as regiões e todos os tamanhos de produtores. “Temos pequenos, médios e grandes usando e tendo sucesso. Tem uma taxa de aumento de pelo menos 30% na produtividade no médio prazo, além de uma série de benefícios ambientais que se refletem em financeiros”.

Fonte: Portal DBO


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