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11/04/2018
ILPF: software ajuda no manejo de árvores


Produtores rurais contam agora com uma ferramenta para manejo de árvores plantadas em áreas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Pesquisadores da Embrapa Florestas (PR) desenvolveram a série SisILPF, softwares que simulam o desempenho de plantios de acordo com a realidade de cada produtor, permitindo que ele escolha como manejar as árvores do sistema da forma mais adequada aos seus objetivos. O SisILPF está disponível para as principais espécies de pínus e eucalipto e versões do software para cedro-australiano, mogno-africano e teca estão em fase de finalização.

A tecnologia compõe a família SIS, softwares usados em larga escala em plantios florestais homogêneos. “Os softwares SisILPF visam dar suporte às atividades de manejo de precisão, análise econômica e planejamento do componente florestal em sistemas ILPF”, explica o pesquisador da Embrapa Florestas Edilson Batista de Oliveira.

Para diferentes condições de clima e solo, os usuários podem testar todas as opções de manejo do componente arbóreo da ILPF, fazer previsões de produção florestal presente e futura, efetuar análises econômicas e decidir sobre a melhor alternativa para conduzir seu plantio florestal em sistema de integração.

Cálculo de carbono armazenado - Os softwares geram tabelas e gráficos de prognose do crescimento e da produção das árvores nos sistemas de ILPF, em função de dados do plantio. Segundo Oliveira, além de indicar a quantidade de madeira que será produzida, em árvores de qualquer idade, e possibilitar simular desbastes e testar qualquer regime de manejo que se deseja aplicar, o SisILPF calcula o carbono capturado pelas árvores e o equivalente em CO2 e metano, e emite gráficos com estimativas do número de animais que podem ter a emissão de metano compensada pelas árvores da ILPF. “Isso é um diferencial importante dos sistemas de integração com florestas,” afirma o especialista.

Para auxiliar o produtor a saber quais produtos de base florestal ele terá com a integração, o software gera tabelas de sortimento de madeira por classes de utilização industrial, tais como laminação, serraria e energia, em função de diâmetros e comprimentos de toras que o próprio usuário indica. “Com a quantificação da madeira produzida por tipo de utilização industrial, o produtor poderá manejar com precisão suas florestas para a produção de madeira direcionada ao uso mais rentável”, esclarece o pesquisador.

Software indica o melhor manejo florestal - Um aspecto importante da produção florestal nesse tipo de sistema é a realização de práticas silviculturais adequadas e o SisILPF auxilia nas tomadas de decisão sobre quando, quanto e como desbastar, e a melhor época para fazer o corte final.

O simulador auxilia também a definir a quantidade ideal de plantas, estabelecendo o desbaste mais adequado e uma densidade que não atrapalhe o desenvolvimento do sistema. “A entrada de luz é um aspecto fundamental e as árvores devem ser manejadas de forma a não sombrear demais a lavoura ou a pastagem”, explica Vanderley Porfírio-da-Silva, pesquisador da Embrapa Florestas. “Deve existir um equilíbrio entre os componentes”, completa.

Potencial das florestas plantadas - Dos cerca de 11,5 milhões de hectares trabalhados com sistemas integrados atualmente no Brasil, 17% trabalham com o componente florestal. “Essa área deve aumentar”, analisa Porfírio-da-Silva. “Temos uma política pública hoje para ILPF e formas de financiamento para sua implantação. O Brasil assinou compromissos internacionais para aumento da área de ILPF. Porém, o mais importante é que os produtores rurais estão despertando para os benefícios da integração, e o uso de uma ferramenta como o SisILPF vai ajudar no planejamento e gestão do sistema.”

Exemplo disso é o protocolo Carne Carbono Neutro (CCN), que fomenta a implementação de sistemas de produção pecuários mais sustentáveis com a introdução do componente arbóreo, objetivando compensar o metano emitido pelo rebanho. “A pecuária brasileira pode ser mais sustentável, de forma a agregar valor à sua produção e contribuir para a sustentabilidade ambiental. A introdução do componente arbóreo, via sistemas silvipastoris, é um dos caminhos de sucesso para isso”, avalia Porfírio-da-Silva. “O SisILPF poderá ser utilizado no planejamento e na verificação de conformidade para certificação para o CCN, pois o módulo de cálculo de carbono armazenado traz essa informação ao produtor rural”, explica Oliveira.

Fonte: Portal DBO


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