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25/05/2018
Brasil supera a febre aftosa


A eliminação da aftosa do território nacional não se deu sem tropeços. O primeiro “circuito pecuário” a obter o status de livre de aftosa com vacinação, em 1998, foi o Sul, formado por Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas tudo indicava que o Circuito Centro-Oeste seguiria o mesmo caminho no ano seguinte. Foi quando estourou um foco em Porto Murtinho, na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, em março de 1998, e outro em Naviraí, em 1999, forçando o Ministério a retirar os sul-mato-grossenses do Circuito Centro-Oeste e isolá-los por quatro anos. Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso, Goiás, parte de Minas Gerais e do Tocantins foram incorporados à área livre em 2000.

Nesse mesmo ano, o Rio Grande do Sul, que havia parado de imunizar seu rebanho para obter o status de livre de aftosa sem vacinação, viu ressurgir a doença em Jóia, episódio circunscrito ao município e rapidamente debelado. Mas o pior estava por vir. A doença atacou rebanhos na Argentina, que escondeu o problema, deixando o vírus se espalhar pela região e gerar uma epidemia no Uruguai (2.057 focos e mais de 20.000 animais abatidos). Em 2001, a aftosa acabou desembarcando de novo no Rio Grande do Sul, que voltou a vacinar. “Essa é a história que não deveria ter sido escrita, como depois reconheceram os argentinos”, diz Pitta Pinheiro, consultor técnico da Farsul.

No restante do Brasil, porém, o programa avançava, com a incorporação do Circuito Leste e do retardatário Mato Grosso do Sul à área livre de aftosa com vacinação. Em 2002, o Circuito Sul recuperava seu status anterior. Em 2003, Rondônia vencia a doença, seguida pelo Acre, em 2005. Exatamente naquele ano, porém, outro episódio dramático abalaria o setor pecuário: a doença reaparece em Eldorado, no Mato Grosso do Sul, e depois no Paraná. Por causa disso, todo o Circuito Centro-Oeste, ao qual pertencia o PR, e todo o Circuito Leste, que dera “carona” ao MS, perdem o status de livre de aftosa com vacinação.

Foi um duro golpe para o País, mas Guilherme Marques ressalta que, mesmo assim, as exportações não caíram, pois os frigoríficos souberam remanejar os abates. Este episódio foi a última grande “investida” da febre aftosa no Brasil. Desde então, temos recebido apenas boas notícias. Santa Catarina foi decretada livre sem vacinação, em 2007; parte do Pará se tornou livre da doença no mesmo ano; os Circuitos Leste e Centro-Oeste retomaram o antigo status em 2008; o Circuito Nordeste incorporou-se à área livre em 2014, seguido pelo Amapá, Roraima e parte do Amazonas, em 2017. Estamos há 12 anos sem focos e prontos para comemorar essa grande vitória, de olho no futuro.

FONTE: Portal DBO


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