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02/08/2018
Produtores propõem padronização de carcaça


O setor produtivo da carne bovina quer implantar um novo sistema de classificação e tipificação das carcaças bovinas. Várias entidades do setor investiram no desenvolvimento de um projeto que prevê a padronização e identificação do tipo de carcaça, conforme as características dos bovinos e da carne. Com a classificação, o consumidor final terá condições de identificar os diferentes padrões de qualidade. A expectativa também é agregar valor e estimular o maior investimento na produção e na qualidade dos bovinos destinados ao abate. Para entrar em vigor, o projeto depende da aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O modelo para o novo sistema nacional de classificação e tipificação de carcaças bovinas foi proposto pela Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), pela Associação Brasileira de Angus (ABA), pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

O objetivo do sistema proposto é criar um padrão único que possa ser seguido, de forma voluntária, pelas unidades frigoríficas do País. O processo será auditado, o que vai garantir a padronização da classificação.

“Nossa ideia é normatizar e padronizar a carne bovina produzida no Brasil. Existe muita diferença de interpretação, de indústria para indústria, do que é um animal mais jovem ou mais velho, até mesmo em relação à cobertura de gordura. As entidades se reuniram e discutiram para chegar a uma forma de tipificar as carcaças na indústria brasileira. É um protocolo privado, de adesão voluntária por parte das empresas, mas existe um acordo para que as empresas associadas à Abiec e à Abrafrigo participem”, explicou o gerente-executivo da Assocon, Bruno Andrade.

A ideia é classificar as carcaças e qualificá-las em três tipos: A, B e C, definidos conforme características e categorias específicas. O objetivo é que, no final da cadeia, o consumidor, ao comprar uma carne, tenha no rótulo um selo mostrando qual classificação o bovino recebeu e, assim, prepare o produto da melhor forma possível.

“Uma vez que você coloca a classificação de forma muito clara para o consumidor, ele vai saber exatamente o que quer. Se gosta da carne tipo A, B ou C. Com isso, a indústria será levada a produzir e valorizar um determinado tipo de produto conforme a demanda do consumidor. A carne tipo A é a mais seleta, então, se a indústria perceber que o consumidor está procurando mais corte do tipo A, obviamente, estes animais serão mais valorizados”, explicou.

Para ser classificada e receber o selo conforme a qualidade, a carcaça deverá atender a critérios específicos, o que faz do protocolo um tipo de certificação. A padronização será voltada, principalmente, para o mercado interno, uma vez que 80% da produção nacional de carne bovina é consumida no mercado local.

“Nossa proposta, que já foi entregue ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é fazer uma normatização para o mercado interno. Queremos disponibilizar para o consumidor mais informações sobre o que ele está comendo. O que a gente está produzindo e a qualidade dentro destas categorias se tornará público. Queremos com isso, nortear também o trabalho do pecuarista”, disse Andrade.

Tecnologias

Um dos resultados esperados com a classificação padronizada das carcaças bovinas é o maior retorno financeiro para todo o setor e aumento dos investimentos em genética e na terminação dos animais.

“Uma vez que o mercado sinalize por uma premiação ou por uma valorização de uma carcaça de melhor qualidade, o pecuarista só conseguirá atingir isso se ele investir em tecnologia, no uso de mais genética, no uso de nutrição mais adequada e na intensificação da fazenda. Já percebemos que um animal ótimo zootecnicamente é também um animal que dará uma ótima carcaça”, disse Andrade.

O projeto tem que ser aprovado pelo Mapa e a expectativa é que isso ocorra ainda este ano.


Fonte: Portal do Agronegócio.


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