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26/10/2018
Vacinação evita problemas reprodutivos na estação de monta


A pecuária brasileira vive um dos momentos cruciais para manter o giro das fazendas: o planejamento para a estação de monta. O período costuma ocorrer entre novembro e dezembro, mas os preparativos acontecem desde a virada do segundo semestre e envolvem aquisições de touros e matrizes em leilões ou em vendas diretas nas fazendas.

No entanto, é necessário que o produtor tenha muita atenção na sanidade dos animais para conseguir manter bons índices reprodutivos no rebanho. De acordo com a gerente executiva da Tecnovax, Bibiana Carneiro, um dos principais vilões desse período são as doenças infecciosas, que podem acarretar abortos ou má conformação dos fetos.

As doenças mais comuns são a Brucelose, Rinotraqueite Infecciosa Bovina (IBR), Diarréia Viral Bovina (DVB) e leptospirose. No entanto, há outras doenças emergentes como a Campilobacteriose e Haemophilose, que têm reduzido significamente a taxa de natalidade de diversas fazendas.

“A Campilobacteriose e a Haemophilose são bactérias que podem causar uma inflamação na parede uterina das vacas, chamada de endometrite, que não permite o desenvolvimento adequado do óvulo”, explica Bibiana Carneiro.

A endometrite também pode causar a repetição do cio, o que faz com que o produtor não consiga obter bons resultados do programa reprodutivo de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Caso a gestação esteja mais avançada, a doença pode causar abortos.

As as enfermidades reprodutivas não têm cura e necessitam de prevenção por meio de vacinas. Cada doença é causada por um agente diferente, mas existem soluções no combate a todas as doenças.

Embora muitos produtores vacinem apenas antes da estação de monta, Bibiana destaca que é indicado que os animais sejam vacinados enquanto ainda são bezerros. “Se um animal contrair IBR nesse período, ele vai carregar esse vírus pelo resto da sua vida e pode liberá-lo em momentos de estresse, contaminando o rebanho”, afirmou.

A segunda dose da vacina é aconselhada para antes de a fêmea entrar na estação de monta. O período para os antígenos fazerem efeito pode variar, caso o pecuarista já tenha realizado a vacinação enquanto o animal era bezerra. Se ele fez isso, Bibiana afirma que o produtor deve vacinar a matriz em torno de 15 dias antes de ser entourada. Caso a primeira dose não tenha sido aplicada, o produtor deve vacinar a fêmea com, pelo menos, 30 dias de antecedência.

Apesar da maior atenção ser destinada às fêmeas, o produtor também deve estar atento à saúde reprodutiva dos machos. Bibiana destaca que na hora de adquirir um touro que será utilizado na estação de monta, é necessário confirmar se ele está com as vacinas em dia e se possui exame andrológico, que comprova que está apto à reprodução.

A executiva também afirma que diversos estudos no Brasil e no exterior comprovam que fazendas que nunca utilizaram vacinas reprodutivas conseguem ter incremento de 4,5% a 5,5% no número de concepções quando passam a vacinar o rebanho. “Isso pode gerar um aumento significativo da renda do produtor. Se ele tem 100 vacas, por exemplo, estamos falando de, pelo menos, cinco bezerros a mais por safra”, concluiu Bibiana.

Fonte: Portal DBO


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