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31/03/2011
Câmbio faz Brasil perder mercado de carne para EUA


 A valorização do real ante o dólar tem feito o Brasil perder mercados de carnes para os Estados Unidos, cuja moeda vai na direção contrária. Foi o que disse nesta quarta, dia 30, em Nova York, o presidente do grupo JBS, Wesley Mendonça Batista. O câmbio, segundo afirmou o dirigente, dará aos EUA vantagem sobre as economias emergentes nas exportações de alimentos.

O mercado internacional de carnes vai ser cada vez mais suprido pelos EUA, onde o dólar e a economia andam fracos. Enquanto isso, o real deve continuar forte no Brasil - um dos maiores produtores de carnes do mundo - encarecendo o produto nacional. Esse fator, mais as mudanças que estão ocorrendo na economia mundial, já aumentaram o preço das exportações brasileiras de frango para o Oriente Médio, o que está ajudando os produtores norte-americanos a ganhar mercado naquela região, afirmou Batista.

Segundo ele, há apenas seis meses, o Brasil exportava frango para o Oriente Médio por cerca de US$ 1,2 mil por tonelada. Mas, por causa do câmbio, o preço saltou para quase US$ 2,2 mil por tonelada, praticamente o mesmo valor que os exportadores dos EUA cobram pelo produto.

Nos últimos anos, os exportadores brasileiros conseguiram elevar os preços de venda, mas agora esses valores alcançaram níveis em que o produto dos EUA - historicamente mais caro - tornou-se alternativa. Alguns importadores estão trocando a carne brasileira pela norte-americana, disse Batista.

O JBS, que na última década cresceu no Brasil e nos EUA com grandes aquisições, está em posição de tirar proveito de sua base norte-americana graças à desvalorização do dólar.

No lado da demanda, Batista e outros integrantes do setor veem um crescimento ininterrupto na esteira do desenvolvimento dos mercados emergentes. "Mesmo um pequeno crescimento econômico em países como os Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) significa mais pessoas comprando carne", comentou Batista, que não crê em mudanças nesse cenário.

Para ele, não há aumento de produção de carne bovina "na hora em que quiser", comparando seu negócio com a produção de grãos, que pode responder muito mais rápido a choques de demanda.

FONTE: Beefpoint


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