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01/04/2011
Marfrig: lucro recua em 2010 influenciado pelo câmbio


"Não estamos olhando nada nem queremos olhar para não ficar com vontade." Essa é a reação de Marcos Molina, presidente da Marfrig Alimentos, quando questionado se a empresa pretende fazer novas aquisições neste ano. "Acho que temos de digerir todos os investimentos feitos até agora", afirmou depois de apresentar os resultados da companhia. Em junho do ano passado, a Marfrig comprou a Keystone Foods. Já havia adquirido a Seara em 2009.

No último trimestre de 2010, a Marfrig teve lucro líquido de R$ 62,4 milhões, alta de 41,3% em relação aos R$ 44,1 milhões de igual período do ano anterior. Os números seguem o padrão contábil internacional (IFRS) e já incluem os resultados da Keystone.

No trimestre, a receita da Marfrig foi de R$ 5,74 bilhões, 107,8% mais do que os R$ 2,76 bilhões do último trimestre de 2009. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 572,9 milhões no último trimestre do ano passado, 283,6% mais do que os R$ 149,4 milhões de um ano antes.

Em todo o ano de 2010, porém, o lucro líquido da empresa recuou 72,7%, saindo de R$ 534,4 milhões em 2009 para R$ 146,1 milhões no ano passado. Já a receita bruta em 2010 foi de R$ 17,03 bilhões, 65,5% mais do que os R$ 10,2 bilhões do ano anterior. O Ebitda da Marfrig subiu 107,2% sobre 2009, para R$ 1,50 bilhão.

Segundo a empresa, o lucro líquido no ano passado sofreu impacto da apreciação de 11,8% do real, despesas de juros devido a investimentos em capital de giro, despesas financeiras de serviço de dívida e recentes aquisições da Seara e Keystone. A dívida líquida da Marfrig cresceu em 2010 e atingiu R$ 5,35 bilhão no quarto trimestre.

No último trimestre, observou Ricardo Florence, diretor de planejamento e relações com investidores da Marfrig, a influência da volatilidade cambial foi menor.

Na avaliação de Molina, "2010 foi um grande ano porque consolidamos a estratégia de diversificação de produtos e de regiões e em produtos industrializados". Este ano, disse, será o período "para tirar sinergias das aquisições e crescer organicamente, pois já temos uma base global de crescimento bem estruturada".

Num ano em que a oferta de bovinos seguiu apertada no Brasil, a Marfrig informou ter conseguido ampliar os abates de animais em quase 70%, aumentando a taxa de utilização da capacidade, que ficou entre 63% e 65%, segundo James Cruden, diretor de operações da empresa. Foram abatidos 2,65 milhões de cabeças em 2010, ante 1,57 milhão no ano anterior.

Segundo Cruden, a expectativa é ampliar a taxa de utilização das unidades de abate de bovinos neste ano para 67% a 70% da capacidade. Disse ainda esperar preços mais estáveis para a arroba do boi, pois começa a haver uma recomposição do rebanho nacional. Além de ampliar o abate de bovinos, a Marfrig também elevou a produção de frango e suínos em suas unidades no ano que passou.

Diferentemente de outros anos, a Marfrig não divulgou projeção de receita para este ano. Segundo Florence, a empresa mudou de procedimento já que a volatilidade do câmbio dificulta a previsão de informações.

Fonte: BeefPoint


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