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28/04/2011
Pfizer desenvolve vacina que 'castra' bovinos


Depois dos suínos chegou a vez dos bovinos terem acesso à tecnologia de castração que não utiliza métodos cirúrgicos. A americana Pfizer desenvolveu uma vacina que neutraliza temporariamente a produção dos hormônios ligados à reprodução, fazendo com que o organismo do animal reaja como se ele estivesse castrado.

O laboratório veterinário não informa quais são suas perspectivas de vendas para o produto - importado da Austrália -, mas está de olho em um mercado entre seis e sete milhões de cabeças de gado, que são castradas antes de serem abatidas. O volume representa cerca de 25% dos animais abatidos no Brasil, o que sinaliza que a maior parte dos machos que vão para abate não são castrados e potencializa ainda mais o mercado para a nova tecnologia.

A proporção de animais castrados e inteiros abatidos no país já foi diferente. Há dez anos, 75% dos animais encaminhados para o abate eram castrados. A técnica passou a ser menos usada conforme o Brasil avançou em suas exportações de carne. Analistas lembram que os frigoríficos passaram a comprar todo tipo de animal para atender a demanda da proteína. Como a diferença de preços entre castrados e inteiros passou a ser mínima, a castração foi perdendo espaço ao longo da última década.

"As pesquisas para a imunocastração começaram em 1997. Em 2007 lançamos a vacina para suínos e agora apresentamos para bovinos", afirma Jorge Espanha, diretor de saúde animal da Pfizer. O executivo lembra que além de a vacina oferecer maior facilidade no manejo o produto entra no conceito de bem estar animal.

Para funcionar, a vacina precisa ser aplicada em duas doses, que terão um custo entre R$ 13 e R$ 14. Para confinamentos, o intervalo entre a primeira e a segunda aplicação é de quatro semanas, com um período de ação de três meses. Para a criação a pasto, o intervalo recomendado é de 12 semanas, com ação de cinco meses.

A castração em bovinos sempre foi utilizada como forma de elevar a qualidade das carcaças, por permitir a formação de uma camada de gordura maior. Estudos revelam que em lotes de animais castrados quase 60% dos indivíduos tinham uma carcaça classificada com nota três ou quatro - de maior preferência dos frigoríficos. Já nos lotes de animais inteiros mais de 50% dos indivíduos tiveram a menor nota, ou seja, com quase nenhuma cobertura.

Além disso, animais castrados são mais dóceis e apresentam maior facilidade de manejo nas fazendas. "O problema é que a castração cirúrgica sempre trazia complicações e exigiam cuidados. Fizemos análises em 500 animais castrados da forma convencional e mais da metade apresentou problemas de hemorragia, abcessos, miíase, além de dois casos de óbito", diz Fernanda Hoe, gerente de produtos da unidade de bovinos.

Na avaliação do presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), Emílio Salani, a atual posição do Brasil no mercado do ponto de vista sanitário abre espaço para a introdução de novas tecnologias e serviços. "Nossa atual situação permite que as empresas desenvolvam produtos com foco em produtividade", diz. Com informações do Valor Online.

FONTE: MeatWorld


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