O que você achou do nosso site?



16/05/2011
Pfizer lança castração sem dor


Vacina promete aposentar canivetes e alicates minimizando o sofrimento dos bovinos

 Em sintonia com os preceitos de bem-estar animal, o Laboratório Pfizer lançou a primeira vacina de castração imunológica de bovinos no País. A Bopriva, que já é comercializada na Nova Zelândia desde o ano passado, foi apresentada durante entrevista coletiva em São Paulo como ''quebra de paradigma''. A intenção do fabricante é convencer os pecuaristas brasileiros a abandonarem o canivete, o burdizzo e qualquer outro método agressivo de castração.

Com duas doses injetáveis do produto, segundo o laboratório, machos e fêmeas cessam temporariamente a produção de hormônios reprodutivos, ganham peso e perdem agressividade, da mesma forma como ocorre nas castrações convencionais.

O produto, que está chegando ao mercado este mês, vai custar entre R$ 13 e R$ 14 (ambas as doses) e, conforme garante a Pfizer, não representa nenhum risco ao consumidor. ''Prova disso é que o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) liberou a comercialização sem tempo de carência entre a aplicação da vacina e o abate do animal'', afirmou a gerente de produtos da empresa, Fernanda Hoe.

Ela lembrou que a castração, utilizada há décadas pelos pecuaristas em todo o mundo, é feita por dois motivos: melhorar a qualidade da carcaça e tornar os animais menos agressivos, facilitando seu manejo. Mas ressaltou que os métodos utilizados até hoje, além de crueis, apresentam outras desvantagens. ''Nos primeiros dias, por causa da dor, o boi perde o apetite e emagrece. E há risco de uma série de complicações'', disse.

Entre as ocorrências mais comuns, Fernanda Hoe citou a milíase (bicheira), abscessos, granuloma e funiculite. ''E não é tão raro o óbito do animal devido a hemorragias. Com a Bopriva, todos esses riscos estão descartados'', reforçou.

Segundo a gerente, a vacina foi testada durante 12 meses em uma fazenda comercial localizada em Goiás. Foram acompanhados dois grupos de animais, cada um com cerca de 220 cabeças. No primeiro grupo, todos haviam sido submetidos a castração cirúrgica. No segundo, o gado recebeu a vacina da Pfizer. ''Após o abate, foi constatado que não houve diferença entre as carcaças dos dois grupos. O pH da carne foi o mesmo, a cobertura de gordura muito parecida. E, em termos de maciez, também não foi constatada diferença'', garantiu.

Fernada ressaltou que a gordura é importante principalmente para proteger a carne durante o resfriamento, evitando que fique ressecada, escura e dura. E mostrou os resultados de um segundo estudo, dessa vez entre bois não castrados e bois vacinados com Bopriva - todos criados em sistema de confinamento. Após o abate, segundo ela, a diferença entre os índices de gordura mediana e uniforme foi bem significativa: de 10,5% no primeiro caso e de 30,2%, no segundo.

A Pfizer comunicou que, no início da comercialização do produto, haverá vacinadores disponíveis nos pontos de vendas. Eles irão às propriedades rurais fazer as primeiras aplicações e treinar os funcionários. O laboratório anunciou também que será comercializado um aplicador desenvolvido exclusivamente para a Bopriva, mas não informou o preço. A vacina será vendida em frascos de 50 e 100 doses.

FONTE: Agrolink


 Voltar  Enviar para um amigo  Imprimir

 30/05/2019 - Novo Site CIA/UFPR
 13/05/2019 - Acordo pode fortalecer EUA no mercado de carne bovina do Japão
 13/05/2019 - Queda no preço do milho deve elevar confinamento em até 7%
 13/05/2019 - Exportações de boi em pé ajudam a sustentar preços de reposição
 13/05/2019 - Previsão do tempo para esta Terça-feira (14/05/2019)

 
 

Nome
E-mail