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17/05/2011
Marfrig: nosso foco é crescer organicamente e capturar as sinergias


Ainda que tenha registrado expressivo avanço em suas receitas no primeiro trimestre, custos elevados de grãos e bovinos impactaram as margens da Marfrig Alimentos no período.

A receita líquida da empresa alcançou R$ 5,25 bilhões no período, 64,3% mais do que os R$ 3,2 bilhões registrados de janeiro a março de 2010. Esse foi o melhor desempenho de receita para primeiros trimestres, segundo a companhia, graças a ganhos de participação nas operações de bovinos no Brasil e na Seara e aos resultados da Keystone, adquirida em junho do ano passado.

Segundo Ricardo Florence, diretor de planejamento e relações com investidores da Marfrig, o aumento da participação de produtos de maior valor agregado nas vendas também favoreceu o resultado. Esse tipo de produto alcançou uma fatia de 37% do total vendido no trimestre - era de 25% no mesmo intervalo de 2010.

A empresa também conseguiu reverter o prejuízo do primeiro trimestre de 2010 - de R$ 52 milhões. Nos três primeiros meses deste ano, o resultado líquido foi de R$ 25,2 milhões.

O aumento dos custos de produtos vendidos (CPV), no entanto, afetou as margens da Marfrig. No período, o CPV totalizou R$ 4,52 bilhões, 70,7% mais do que os R$ 2,65 bilhões do mesmo trimestre do ano passado. "Foi um trimestre desafiador, com aumento de preços de grãos", disse Florence, durante teleconferência com jornalistas. Ele acrescentou que essa alta foi parcialmente compensada pela melhor utilização da capacidade.

Além da alta de milho e soja, matérias-primas para a ração de aves e suínos, os custos aumentaram também por conta da maior utilização da capacidade na divisão bovinos, do crescimento orgânico da Seara e da integração da Keystone e O'Kane.

O aumento dos grãos, segundo Florence, "demandou capital de giro maior". Isso se refletiu na geração de caixa. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 337,3 milhões, uma alta de 5,7% ante os R$ 319,2 milhões do primeiro trimestre de 2010.

Mas tanto a margem bruta quanto a operacional da Marfrig sofreram com os custos mais elevados. A primeira caiu de 17,1% para 13,9% entre o primeiro trimestre de 2010 e o deste ano. Já a margem Ebitda saiu de 10% para 6,4% na mesma comparação, conforme o balanço.

Segundo o diretor presidente da Marfrig, Marcos Molina, a expectativa é de redução nos custos, pois "já há tendência de queda dos preços de grãos e bovinos". A empresa também seguirá em busca de sinergias de suas aquisições mais recentes, como a Keystone, e de crescimento orgânico. Em 12 meses, as sinergias com a Seara acumulam R$ 87,3 milhões, informou a companhia.

As exportações da Marfrig cresceram 6,4% para R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre deste ano, graças principalmente ao bom desempenho da Europa. Mas, conforme Florence, o efeito adverso do câmbio prejudicou os repasses em dólar aos produtos.

Além do crescimento orgânico e da busca de maior eficiência operacional, a Marfrig também quer "otimizar o perfil de sua dívida", afirmou Florence. O bônus de US$ 750 milhões lançado este mês é uma das medidas com esse fim. "Trocamos dívida de curto para longo prazo", disse Molina.

Questionado se a Marfrig seria um potencial comprador de marcas da BRF - Brasil Foods, caso o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) venha a aprovar a fusão com restrições, Molina preferiu "não comentar o assunto". Sobre investimentos, a companhia reafirmou os aportes de R$ 600 milhões, 80% a menos do que o ano passado (se considerados os dispêndios com aquisições) e cerca de 70% do total investido em 2010, sem aquisições. No primeiro trimestre, os investimentos somaram R$ 284,5 milhões, na construção, manutenção, modernização e/ou expansão das unidades, além de aportes em matrizes.

O diretor de Relações com Investidores e de Planejamento Estratégico da Marfrig, Ricardo Florence, afirmou que a empresa está com uma posição de caixa confortável: R$ 3,16 bilhões, queda de 18,4% ante a posição de dezembro, mas quase o dobro do montante do primeiro trimestre de 2010. "Mesmo com um caixa robusto, não está nos nossos planos, no momento, aquisições", afirmou o executivo.

As informações são do Valor Econômico e da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

FONTE: BeefPoint


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