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08/06/2011
Aumenta a exigência por produtos certificados para exportação


A certificação de produtos agropecuários é uma exigência cada vez maior dos países compradores e as certificadoras acreditam que os produtores brasileiros estão mais atentos para as regras. Alguns pecuaristas, no entanto, reclamam que os custos com boas práticas agrícolas são elevados.

A demanda mundial por alimentos é um dos motivos que torna o mercado mais exigente. Qualidade e segurança são requisitos que Europa, Estados Unidos e Japão, por exemplo, cobram de países produtores. O programa Global Gap, antes conhecido como Eurep Gap é uma certificadora que guia o produtor quanto às normas de responsabilidade ambiental e social, além de garantir o bem-estar dos animais. O presidente da empresa, Kristian Moeller, afirma que mais de cem países já registram as produções. Para ele, o movimento começou na Europa, porque eram necessários cuidados com bem-estar animal e com meio ambiente e a preocupação também cresce na Ásia e na América do Norte. Os países pedem estes requisitos ao importar os produtos.

Nas Américas Central e do Sul, os certificados atendem principalmente produtores de frutas e frango. No Brasil, em média, 600 propriedades possuem Global Gap. O representante do programa na América Latina, Fernando Mietto, conta que muitos dos certificados são destinados a grupos. Para ele, a certificação é um instrumento que qualifica os produtores a exportarem e garante segurança alimentar.

– As condições de mercado é que definem a demanda e implementação de serviços. Se o produto é seguro, então os programas ajudam na hora de vender – afirma Mietto.

O pecuarista Carlos Viacava, no entanto, acredita que, com o bloqueio europeu à carne brasileira, os custos com o Global Gap se tornaram desnecessários.

– Isso são exigências do mundo, exigências dos consumidores mais sofisticados, uma disputa entre supermercados. Um quer prestar um serviço melhor que o outro e se eles criam essa obrigatoriedade, no começo eles vão ficar sem produto ou pagar um prêmio que mobilize as pessoas em torno disso – declarou o pecuarista.

Mesmo assim, existem grupos que aproveitam o exemplo das certificações internacionais. Nova Mutum, município no médio norte mato-grossense, é o segundo maior produtor de soja do Brasil. Cerca de 360 mil hectares são cultivados com o grão. O Secretário de Agricultura e Meio Ambiente da cidade, Arlindo José Marciano, conta que já estão em fase piloto dois projetos que contemplam uma certificação própria, a Mutum Gap. A ideia é produzir frutas, carne bovina, milho e soja e adequar a produção às regras do mercado consumidor.

– Com essa certificação, com este trabalho que é feito através do Mutum GAP, nos moldes do Global GAP, os produtores tem que se adequar. A gente vê que quem vai sair ganhando é o próprio produtor.


 FONTE: Canal Rural


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