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15/06/2011
Embargo à carne brasileira terá efeitos a partir de hoje


A partir de hoje (15) passa a vigorar o embargo russo à carne brasileira, conforme anunciado no início deste mês. Decisão unilateral afetou diretamente 85 frigoríficos brasileiros, sendo 17 mato-grossenses habilitados para exportar carne bovina. Os demais estão localizados no Paraná e Rio Grande do Sul. Por enquanto, a expectativa é que a proibição seja suspensa até o dia 30 de junho, segundo manifestou o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Alessandro Teixeira.

Informações da assessoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmam apenas que o governo brasileiro está negociando com a Rússia o envio de uma missão e aguarda posicionamento daquele país. Em nota divulgada nesta terça-feira (14) o Ministério informou ter solicitado a revogação da suspensão temporária das exportações dos 3 estados, após tomadas as providências exigidas pelos russos. Além disso, foi enviado às autoridades russas carta da Secretaria de Defesa Agropecuária reiterando todas as medidas adotadas pela pasta para atender às normas da União Aduaneira (UA).

"Enquanto isso, continuamos aguardando que o governo federal resolva essa situação", diz o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT), Luiz Freitas. Superintendente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, lembra que é comum a Rússia suspender importação da carne brasileira. "É estratégia de mercado". Na semana passada, o governador Silval Barbosa revelou que havia dialogado com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) sobre o assunto. Na ocasião, Temer comentou que o governo aguardava pronunciamento da Rússia, após esclarecimentos prestados pelo governo brasileiro.

A justificativa para o embargo são medidas fitossanitárias, conforme nota encaminhada por representantes do governo russo. Segundo informações da assessoria do Mapa, o serviço sanitário russo exigiu atendimento de 18 pontos mencionados na carta enviada ao governo brasileiro, além de análise das plantas envolvidas no embargo para exportação. Texto por Silvana Bazani.


Fonte: Página Rural


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