Exportações de couro crescem 20% no primeiro semestre
As exportações brasileiras de couros e peles somaram US$1,05 bilhão no primeiro semestre de 2011, apresentando um crescimento de 20% em comparação com o mesmo período do ano passado. No mês de junho, contudo, as exportações no valor de US$ 167,1 milhões tiveram uma queda acentuada em relação ao mês anterior, de 18% em valor e 25% em volume físico. O cálculo é do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), baseado no balanço da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. "Infelizmente, o volume das exportações nos próximos meses também deve ficar num patamar inferior ao do primeiro semestre, uma vez que a indústria curtidora, como a maioria das indústrias manufatureiras do país, está perdendo competitividade no mercado internacional. Somente com enormes sacrifícios estamos conseguindo manter os mercados conquistados durante as ultimas décadas", afirma o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich. Diversos fatores têm provocado impacto negativo sobre a indústria brasileira do couro, explica o executivo. "O dólar, em comparação ao real, caiu aos menores níveis desde 1999", lembra. Além do problema cambial, os entraves do chamado Custo Brasil - a infra-estrutura falha, a logística ineficiente nos portos, a excessiva burocracia, a elevada carga tributária, a falta de linhas de crédito para capital de giro- também estariam prejudicando as exportações. Apesar de tantas adversidades, o presidente do CICB destaca o esforço contínuo da indústria curtidora nacional para manter os mercados conquistados e abrir novas frentes de negócios para o couro brasileiro. Nesse primeiro semestre de 2011, os principais mercados do couro brasileiro foram a China , com 29,3% de participação e aumento de 4%; Itália, com 24,6% de participação e elevação de 23%; e Estados Unidos, com 10,3% e crescimento de 27%. O Relatório do CICB informa no balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros a retomada da liderança do Rio Grande do Sul (US$ 258,16 milhões, 24,4% de participação) como maior exportador nacional, seguido por São Paulo (US$ 235,82 milhões, 22,3% de participação), Paraná (US$ 115,62 milhões, 11%) e Ceará (US$ 89,30 milhões, 8,5%). Os demais estados no ranking nacional são Goiás (US$ 76,7 milhões), Bahia (US$ 66,43 milhões), Minas Gerais (US$ 59,85 milhões), Mato Grosso (US$ 47,91 milhões), Mato Grosso do Sul (US$ 45,57 milhões) e Santa Catarina (US$ 23,33 milhões). FONTE: Globo Rural
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