Embargo às carnes brasileiras: Rússia atirou no que viu a acertou no que não estava previsto
Referindo-se ao embargo parcial que a Rússia impôs às carnes brasileiras desde 15 de junho passado, setores ligados ao problema e mesmo os meios de comunicação têm dito que a proibição [de exportar para a Rússia] foi imposta a 85 empresas. No futuro, os embargos podem, eventualmente, ser direcionados a empresas mas, no momento, ele atinge, especificamente, três estados – Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul onde – aí sim – 85 empresas estão habilitadas a exportar carnes (bovina, suína, de frango e/ou de peru) para a Rússia. Isso está bem claro no relatório que o Serviço de Inspeção Veterinária e Fitossanitária da Rússia – o Rosselkhoznadzor - publicou e disponibilizou na internet. Lá está escrito que na inspeção por amostragem ao acaso realizada em abril passado, 29 plantas foram auditadas pelos inspetores russos. Desse total, 19 plantas apresentavam não-conformidades com os requisitos russos e da União Aduaneira [entre Rússia, Cazaquistão e Belarus]. “Como a maioria dessas plantas está localizada nos Estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, as restrições temporárias impostas a partir de 15 de junho recaíram sobre as exportações de produtos de origem animal desses três Estados”, diz o relatório russo. Eventualmente, outras plantas excluídas da amostragem ao acaso poderiam apresentar situação idêntica às 19 com não-conformidades. De toda forma, o que se constata é que essas 19 acabaram afetando outras 66 plantas, mais de 75% das 85 plantas habilitadas nos três estados. Em síntese, não basta ser bom para garantir a permanência no mercado (neste caso, externo): é preciso que seu vizinho também o seja. E isto solicita vigilância geral, em especial dos órgãos oficiais FONTE: Notícias Agrícolas
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