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03/08/2011
Cooperativismo: Paraná multiplica negócios bilionários


Símbolo do Cooperativismo

Responsável por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário do Paraná, o setor cooperativista do estado está cada vez mais bilionário. Nos últimos três anos, o número de cooperativas com faturamento igual ou superior a R$ 1 bilhão quase dobrou, subindo de cinco em 2008 para oito no ano passado.

O salto tem sido impulsionado por investimentos em industrialização, realizados principalmente através de linhas de crédito desenhadas especialmente para atender às necessidades do setor, como o Programa e Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção (Prodecoop) e do Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias (Procap/Agro).

Com cerca de 23 mil associados e o título de maior cooperativa da América Latina, a gigante Coamo, de Campo Mourão (Centro-Oeste), pretende dar um salto de R$ 500 milhões e fechar 2011 com um faturamento de R$ 5,2 bilhões. O único obstáculo para o cumprimento dessa meta é a safrinha de milho, que foi castigada pelo clima neste inverno, conta José Haroldo Gallasini, presidente da cooperativa. “O primeiro semestre já nos deu indicação de que passaremos dos R$ 5 bilhões, mas ainda não sabemos o tamanho do estrago na produção de milho”, diz.

Para manter o crescimento, a Coamo tem investido fortemente na busca por novos cooperados e também em especialização de produto. “A nossa grande expansão é horizontal, em ganho de área. A partir disso, trabalhamos com soja convencional e transgênica, trigo e milho”, enumera.

Embora faça investimentos constantes em novas fábricas, o presidente da Coamo revela que nem sempre a industrialização rende mais do que a matéria-prima. “Os alimentos estão no limite. Além disso, os estudos de viabilidade para implantação de indústrias são muito complexos”, reclama. (CR).

Como a meta de industrialização cooperativista evolui dois pontos porcentuais a cada ano, a tendência é que novas unidades apareçam no ranking das cooperativas bilionárias, prevê a Organização das Coopeativas do Paraná (Ocepar). “Das 82 unidades instaladas no Paraná, 35 tem agroindústria de diferentes tamanhos”, revela Flávio Turra, gerente técnico e econômico da entidade.

Depois de se aproximarem da marca de R$ 900 mil em receita no ano passado, Frimesa e Coopavel prometem estrear neste ano na lista de cooperativas que faturam R$ 1 bilhão. Com estratégias comerciais direcionadas ao mercado doméstico, a Coopavel, instalada em Cascavel (Oeste do estado), busca ao máximo a agregação de valor e a diversificação da fonte de renda. Sustentado no aumento da produção de frango (8%), venda de insumos (10%) e de recepção de grãos (10%) o faturamento da cooperativa deve alcançar R$ 1,1 bilhão até o fim deste ano, prevê o diretor-presidente, Dilvo Grolli.

O resultado é atribuído não somente aos investimentos realizados nos últimos anos, mas também à alta internacional das commodities, que fortaleceu financeiramente a cooperativa, afirma o dirigente. “Tomamos o valor máximo liberado pelas linhas do governo. Só do Prodecoop, foram R$ 10 milhões. Agora, estamos investindo mais R$ 40 milhões em um moinho de trigo, que deve entrar em funcionamento até junho de 2012”, conta Grolli.

Se a valorização da soja e do milho contribuiu para o desempenho da Coopavel neste ano, para a Frimesa a alta dos grãos pesou negativamente nos custos de produção. Concentrada na industrialização de carne suína e de leite, a cooperativa teve seu potencial de faturamento limitado em 2011. Mesmo assim, pretende chegar à receita de R$ 1 bilhão. “A meta era crescer 20% em faturamento, mas não conseguiremos cumpri-la. Tivemos de segurar o estoque de carnes para vender no segundo semestre, quando a demanda aumenta por causa das festas de fim de ano”, lembra Valter Vanzella, diretor-presidente da empresa.

Na avaliação de Turra, o processo de transformação de matérias-primas deve se consolidar gradativamente no estado e a tendência é que as cooperativas que já industrializam parte ou totalmente sua produção diversifiquem os negócios. Para processar 50% da produção cooperativista, meta traçada até 2015, o setor precisa investir R$ 1,5 bilhão por ano, calcula. Sozinho, o sistema faturou R$ 21 bilhões em 2010, 10% mais do que no ano anterior, segundo dados da Ocepar. Para 2011, a meta é alcançar R$ 23 bilhões.

FONTE: Gazeta do Povo


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