A reunião entre os representantes dos exportadores de carne e os técnicos do serviço de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, que seria realizada nesta quinta, dia 18, foi transferida para esta sexta, dia 10, em Brasília, também com a presença de representantes dos laboratórios fabricantes de produtos veterinários. O governo e o setor privado vão discutir questões relacionadas à rejeição de um carregamento de carnes do JBS pelos Estados Unidos, por causa do excesso de resíduo do medicamento antiparasitário invermectina.

O secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, afirmou que houve uma reunião nesta quinta apenas entre os técnicos do Ministério da Agricultura, uma vez que o presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, transferiu a ida para Brasília para esta sexta. Jardim minimizou o fato, argumentando que se trata "apenas de um carregamento".

Os altos níveis de ivermectina levaram os Estados Unidos a embargar as importações de carne brasileira durante sete meses do ano passado. As vendas foram retomadas em dezembro, após o governo brasileiro e empresas aceitarem a exigência dos Estados Unidos e reduzir os limites de resíduos do antiparasitário de 100 partes por bilhão para 10 partes por bilhão.

Rússia

Em relação ao anúncio feito pelo serviço sanitário russo sobre o embargo a três plantas de exportadores brasileiros de carnes, por suspeita de contaminação por bactérias, o secretário Francisco Jardim afirmou que "a questão é técnica", pois os problemas não foram detectados nas análises laboratoriais feitas no Brasil.

As unidades embargadas são SIF 2335 (Libra Terminais), SIF 601 (Diplomata em Xaxim, SC), e SIF 2924 (Frigoestrela, situado em Estrela D'Oeste (SP)). Jardim afirmou que o Ministério da Agricultura deve enviar técnicos brasileiros para treinamento na Rússia, a fim de harmonizar os procedimentos e evitar novos embargos. Com informações do portal Estadão.

FONTE: Pecuária.com.br