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31/08/2011
Commodity não deve pressionar inflação como em 2010, dizem economistas


Apesar da forte aceleração no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) entre julho e agosto refletir principalmente o aumento das commodities, não há entre os economistas o temor de que a escalada de preços de matérias-primas vista no final de 2010 se repita neste ano.  “Devemos ter pressão sobre as commodities no segundo semestre, mas nada além do normal para a época. Esperamos apenas uma alta sazonal”, diz Fábio Romão, economista da consultoria LCA.

Os produtos agropecuários, que em julho apresentaram deflação de 0,84%, reverteram o movimento de queda e subiram 1,47% neste mês. Puxadas pela soja em grãos e por aves e suínos, as matérias-primas brutas tiveram elevação de 1,51% em agosto, depois de contabilizar redução de 1% no mês anterior.

A intensidade dos números, porém, não assusta os analistas, que chamam a atenção para o desempenho dos produtos agropecuários em 12 meses. Nesta medida, o indicador vem desacelerando desde março, com o ritmo de alta arrefecendo de 29,68% em fevereiro para 18,76% neste mês. A expectativa é de que nos últimos meses de 2011 as commodities fiquem estáveis ou subam moderadamente, comportamento bastante adverso do visto no mesmo período de 2010, quando os preços dispararam no mercado internacional.  “A alta do ano passado foi, em grande parte, derivada de especulação. Nesse ano, com as dificuldades econômicas nos países desenvolvidos, esse movimento não deve acontecer”, avalia Romão.

“Olhando o cenário externo, não há motivos para grandes choques nos preços de commodities”, acrescenta Thiago Carlos, da Link Investimentos. “O panorama está um pouco incerto e pode até haver uma pequena aceleração, mas nada perto do que aconteceu no ano passado”, complementa, indicando que a volatilidade não está descartada.

Fatores climáticos e os períodos de safra e entressafra já são suficientes para promoverem sobe-e-desce nos preços das matérias-primas.  E é o movimento das commodities que, de acordo com os economistas, deverá ditar o rumo do IGP-M até o final do ano. “Como tradicionalmente há maior pressão nas matérias-primas no segundo semestre, é bom manter cautela”, pondera André Perfeito, da Gradual Investimentos.

Já contabilizando uma alta menos acentuada nas commodities nos próximos meses, as estimativas para o IGP-M de 2011 giram entre 5,10% e 6,10% - cerca de metade dos 11,32% registrados em 2010.

FONTE: Valor on line


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