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05/10/2011
Combate à aftosa se faz com medida sanitária, não com canhões, diz OIE


O representante regional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para a América Latina, Luis Osvaldo Barros, fez hoje uma crítica às medidas que estão sendo tomadas no Brasil para impedir que o foco de febre aftosa detectado no Paraguai ultrapasse a fronteira. Em entrevista à Agência Estado, durante evento sobre defesa sanitária animal, realizado em São Paulo, Barros disse que "o vírus (da aftosa) não é combatido com tanque de guerra, em valas, com canhões. São aplicadas medidas sanitárias, com vacinas, com prevenção, com vigilância".

O representante da OIE na América Latina acrescentou que, "sem dúvida, o controle de movimentos de animais é uma regra clara para evitar uma eventual introdução da doença". Mas acrescentou que "a base da prevenção é a qualidade sanitária, ou seja, uma boa cobertura de vacinação, vacina de qualidade a ser aplicada. É muito melhor assim", declarou. Além de reforçar a fiscalização nos Estados que fazem fronteira com o Paraguai, o Brasil usou uma mobilização conjunta das Forças Armadas com órgãos como o Ibama e a Receita Federal para combater ilícitos na fronteira para vigiar e impedir o ingresso da doença no país.

Apesar do tom crítico, Barros elogiou o serviço veterinário do Brasil, ressaltando a importância de uma estrutura robusta no combate às doenças dos animais, como a febre aftosa. O especialista explicou que a OIE fez uma avaliação do serviço veterinário do Brasil há três anos e que, já naquela época, o resultado foi considerado "muito bom", atendendo "perfeitamente" às normas do órgão. "O Brasil foi o primeiro país a publicar mundialmente essa avaliação. O serviço veterinário no País tem crescido e está em muito boas condições, tem recebido investimentos tanto em recursos humanos quanto em aspectos econômicos. Esperamos que essa situação permaneça assim", afirmou.

Ontem, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, informou que pretende conquistar para o País a condição de região livre de febre aftosa, com vacinação, em julho de 2013. Questionado sobre se o Brasil vai conseguir esse status, Barros avaliou que essa é uma "decisão soberana do País". "Se o Brasil vai propor (status livre de aftosa), tem de estar em condições. Mas a OIE só vai opinar quando receber o documento do Brasil. Não podemos comentar sobre isso hoje".

Já com relação ao risco de uma região ter condição de livre de aftosa sem vacinação(o Estado de Santa Catarina já o tem e o ministério pretende aumentar as conversas com os Estados que querem obter esse status), o representante da OIE disse que a nomeação é o reconhecimento do controle da enfermidade, mas a decisão final é "puramente" do serviço veterinário. "Se o Brasil considerar que já está pronto, pode implementar. É somente o serviço veterinário do Brasil que pode definir isso, avaliar corretamente se não há riscos", completou.

Fonte: Agência Estado


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