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07/10/2011
Bolívia espera maior apoio brasileiro contra aftosa


Representantes da área de defesa sanitária da Bolívia e da indústria de carnes brasileira se reuniram na tarde da última quinta-feira,6, para debater medidas de prevenção à febre aftosa no país.A reunião acontece no Encontro Nacional de Defesa Sanitária (Endesa 2011) que termina hoje, sexta-feira, 7, e é realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo.

O trabalho coordenado com o Brasil data de muitos anos, mesmo antes da criação do serviço oficial boliviano, porém sempre teve como foco a fronteira com Rondônia. Desta vez, a ideia é intensificar as atividades, especialmente de prevenção da aftosa, nos departamentos de Beni e Santa Cruz, onde está concentrada 80% da pecuária do país.

“Esperamos uma prorposta do setor privado e do governo brasileiro de como fortalecer estas atividades”, afirmou odiretor do serviço sanitário nacional da Bolívia e presidente do Conselho veterinário Permanente do Mercosul (CVP), Rubens Robles.

Segundo ele, a maior dificuldade nos dois departamentos é o acesso às propriedades, distancias longas, estradas deficientes e inundações que dificultam o acesso dos técnicos para vacinação e inspeção. “A estratégia que vamos pedir ao Brasil é que traga apoio mais para dentro da fronteira.”

Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, afirma que o país realiza este trabalho conjunto pois "não basta para o Brasil nós sermos livres de febre aftosa. Queremos uma América do Sul livre de febrte aftosa. Isso nos dá tranquilidade, nos dá segurança em situações como esta."

 Continente livre de aftosa em 2020

Segundo o Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) a Bolívia está entre os que apresenta risco mais elevado do registrar a doença na América do Sul. Equador, Venezuela e Paraguai estão em situação mais preocupante, devido ao registro de casos recentemente.

A meta do Panaftosa é que a doença seja erradicada até 2020 em todo o continente. “O investimento em vigilância sanitária é chave para que isso aconteça”, salientou o diretor do Panaftosa, Ottorino Cosivi. Atualmente, 85% da população bovina da América do Sul está em áreas livres de aftosa com ou sem vacinação.

Ele acrescenta que a união entre os setores público e privado – como está sendo feito na Bolívia e que o Brasil também mantém com o Equador – é fundamental. “Países com sucesso no combate a aftosa têm essa parceria e investimento forte”, destacou Cosivi.

Embora tenha sido citado como exemplo de trabalho bem sucedido de prevenção à doença por Cosivi, o Brasil ainda precisa enfrentar obstáculos para atingir a meta de ter todo o território reconhecido como livre de febre aftosa em meados de 2013. De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, ainda existem estados no norte e no nordeste que não são considerados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livres da doença.

Segundo ele, há desafios como a deficiência de pessoal, de estrutura e divergências no que diz repeito à legislação estadual e federal. "São várias deficiências que dependem de cada Estado. Queremos que eles tenham condições de obter o status de livre de aftosa e de manter este reconhecimento, tendo um serviço veterinário robusto."

FONTE: Beefworld


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