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09/11/2011
Manejo adequado é fundamental para sucesso da vacinação


Novembro é o mês da segunda etapa de vacinação do rebanho bovino brasileiro contra a febre aftosa. Grande parte do sucesso da imunização dos animais está no manejo correto para a aplicação da vacina. “O manejo racional na vacinação proporciona ganhos em qualidade e produtividade para toda a cadeia. Além de garantir a sanidade do rebanho, chegam ao frigorífico animais com menores índices de perdas por conta da vacinação incorreta e, consequentemente, uma carne superior para o consumidor”, explica o médico veterinário e consultor técnico da Beckhauser, Renato dos Santos.

Primeiramente, como a vacina não pode ser exposta ao sol, o manejo deve ser sempre em local coberto para evitar a inutilizasão do produto. “A aplicação deve ser feita no terço médio do pescoço, logo à frente da ponta da paleta”, orienta o veterinário. Para isso, o ideal é que o manejo de vacinação seja realizado em troncos de contenção ao invés de brete coletivo, onde os riscos de acidentes com o gado e com os vaqueiros são altos.

A aplicação de vacina no brete coletivo colabora para o nervosismo do rebanho, de forma que muitos animais acabam pulando e pisoteando outros mais fracos. Quando isso ocorre, além de machucar o animal, o trabalho precisa ser incessantemente interrompido. Outro aspecto é que a vacinação com o animal contido a laço ou no corredor diminui as chances de eficácia da vacina. “O estresse pode provocar aumento de até dois terços na produção de cortisol, impedindo que o sistema imunológico do animal responda adequadamente à vacinação”, afirma o veterinário. Soltos no corredor, há ainda o risco de quebra da agulha, perda de equipamentos e de doses, sangramento e refluxo da vacina por causa dos movimentos constantes dos animais. “Tudo isso influencia nos gastos finais com a vacinação e nas perdas no frigorífico por lesões vacinais causadas por aplicações incorretas”, completa o consultor da Beckhauser.

“A melhor opção é vacinar o gado um a um no tronco de contenção. É bom para o animal, que sofre menos, e para o vaqueiro, que não fica exposto a riscos como chifradas ou coices. É bom ainda para a sanidade animal, já que contribui para a efetiva imunização do rebanho”, argumenta Renato dos Santos.

Mesmo tempo, mais eficiente e mais barato

Diferente do que se pensa, o manejo de vacinação no tronco de contenção leva o mesmo tempo que no brete coletivo, além de ser mais eficiente e barato. A conclusão é do ETCO (Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal), da Unesp/Jaboticabal, coordenado pelo professor Mateus Paranhos da Costa.

Segundo o estudo feito pelo ETCO, o tempo médio gasto para vacinação no tronco é menor que o gasto no brete (9,3 segundos contra 10,2 segundos por animal). No brete, as interrupções para socorrer acidentes, como levantar animais que caíram, acabam prolongando o tempo de trabalho.

Escolha da agulha certa

Outra dica para a eficácia da vacinação é a escolha com atenção do calibre e do comprimento da agulha para aplicação de medicamentos no gado. “Na aplicação subcutânea, costuma-se usar a agulha 18x10. No entanto, é preciso observar a densidade do líquido e o manejo. Para aplicar uma vacina mais densa com uma agulha comprida e grossa, o animal deve estar bem contido, de forma que o aplicador possa puxar o couro para fazer a perfuração, garantindo que o produto fique mais distante do furo”, explica Renato. O ETCO recomenda ainda o uso de agulhas mais curtas para aplicações em bezerros e mais compridas para animais maiores.

Da forma como é feita em muitas propriedades, a vacinação é mais um ônus do que um investimento em sanidade animal. “Para não jogar dinheiro fora com aplicações errôneas, o produtor deve rever seu manejo e corrigir as falhas na hora da vacinação. A resposta é imediata. Quem parte para a racionalização na lida com o gado não volta atrás”, finaliza o consultor da Beckhauser.

FONTE: Agrolink com informações de assessoria


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