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10/11/2011
Paraná barra alimentos do MS


Um alerta emitido pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) ampliou o rigor da fiscalização na divisa do Paraná com o Mato Grosso do Sul. Em Porto Camargo (Icaraíma), os agentes estão encontrando alimentos proibidos, que oferecem risco de proliferação da febre aftosa, doença registrada em setembro no Paraguai.

Segundo a fiscalização, todos os carros que chegam à divisa estão sendo vistoriados. Os produtos de origem animal que chegam sem inspeção são confiscados e acabam enterrados em valas improvisadas. Foi necessária a abertura de uma segunda vala em Porto Camargo, onde são vistoriados 200 veículos por dia, conforme Marcelo de Paula Diegues, veterinário que coordena a vigilância no local. “Todos os dias fazemos apreensões. A maioria de pequenas quantidades de carnes, leite e derivados”, disse o técnico. Ele reclama da falta de conscientização da população que transita na região. Os produtos sem inspeção põem em risco todo o rebanho bovino do Paraná, considera. “Percebemos que as pessoas que vêm do Mato Grosso do Sul não estão informadas sobre a proibição.”

A reportagem conferiu, porém, que faltam informações também no lado paranaense. Na ponte de Porto Camargo não há nenhum alerta sobre o transporte de produtos de origem animal sem inspeção. As pessoas só ficam sabendo da operação quando chegam à barreira de fiscalização sanitária. Elas aprovam a medida, mas a maioria demonstra irritação ao ver os alimentos sendo destruídos e enterrados nas valas.

Entre os produtos há pernil de porco, linguiça, queijo, leite, carne de carneiro. O supervisor da Defesa Sanitária Animal da Seab em Umuarama, Jesus Pereira Camacho, informou que há poucos dias uma mulher de Naviraí (o nome dela não foi divulgado) transportava alguns quilos de carne para o filho que estuda em Umuarama. Ao saber da proibição e que ficaria sem a carne, ela ficou revoltada e até agrediu os fiscais com palavrões. “Mas os fiscais mantiveram a calma e não revidaram.”

Esporadicamente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) participa da operação em busca de contrabando, drogas e armas. Na maior parte do tempo, contudo, permanecem apenas os fiscais da Seab e alguns soldados do Exército, que auxiliam no trabalho braçal de enterro dos alimentos e verificam a documentação dos carros. Camacho adiantou que a fiscalização será realizada por tempo indeterminado.

A greve dos fiscais sanitários, deflagrada segunda-feira, não interfere na fiscalização nas divisas do estado, segundo a Seab. O cerco é considerado imprescindível para a segurança sanitária de bovinos e bubalinos. Os organizadores da greve afirmam que a manifestação, que reivindica a transposição da categoria para a agência de defesa sanitária Adapar, em fase de criação, afeta tarefas administrativas.

FONTE: Gazeta do Povo


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