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30/12/2011
Identificação da carne como marca vira tendência no mercado


A identificação da carne com marca é uma tendência que produtores e indústrias já adotaram. Especialistas apontam que o número de casas de carnes e restaurantes que oferecem produtos de raças específicas de gado vem crescendo. Segundo o empresário Flávio Saldanha, a ideia é atender a um novo perfil de consumidor, que está cada vez mais exigente. Na casa de carnes onde é sócio, a venda de cortes de black angus e bosmara, entre outras de procedência nobre, tem aumento de mais de 10% ao mês. E acrescenta que, somente em novembro, o avanço foi de 50% em relação a outubro.

– Os clientes estão começando a entender. A gente teve uma fase que o cliente dizia que queria uma carne argentina ou uruguaia. Hoje, ele está dizendo que quer um angus, um bosmara, um hereford. E tem alguns avançando um pouco mais, falando que querem confinamento ou que não o querem. Então, a gente já começa a refinar o desejo da carne bovina – revela.

O chef Francisco Pinheiro, do General Prime Burguer, também acredita que o consumidor está cada vez mais criterioso com relação à carne. Ele oferece no cardápio do restaurante um hambúrguer com carne angus. E diz que o produto é um dos mais pedidos.

– O cliente está sempre em busca do melhor. A carne é mais um fator. É como o vinho. As pessoas começam a entender o corte, o animal, qual o tipo e a coisa mais importante a valorizar – relata.

A tendência é confirmada pelo especialista em marketing de agronegócio José Luís Tejon. Segundo ele, esta categorização já acontece em diversos países e é um movimento natural que vem com o aumento do poder aquisitivo da população.

– É um lado fantástico do agronegócio que sempre foi visto como commodity e que agora você passa a ver que a grande busca dos agricultores é descommoditizar, tirar cada vez mais esse produto dessa categoria. Porque os consumidores passam a ter consciência e desejam saber não só onde ele é processado. Querem saber a origem daquela matéria-prima – afirma.

Outro exemplo desta mudança é a rede de fast food McDonald’s. A cadeia de restaurantes lançou recentemente a linha de hambúrgueres angus em parceria com a Associação Brasileira da raça. Segundo o diretor de supply chain da rede, Celso Cruz, a união com a entidade foi crucial para o sucesso da iniciativa.

– A primeira coisa que nós fizemos foi falar com a Associação Brasileira de Angus para entender um pouco o que é o negócio da raça no Brasil. Qual é o tamanho do rebanho, qual a possibilidade que existe, qual era a relação da associação com os produtores e como nós poderíamos participar desse negócio. De alguma forma, passava pela nossa cabeça se iríamos conseguir passar uma mensagem para o nosso cliente. O que é angus? A verdade é que, passado o tempo, estamos vendo que foi um acerto enorme – comemora.

A adoção de marcas na carne e no hambúrguer não traz mudanças somente na qualidade, no entanto. Altera também o preço. Uma carne com certificação de raça chega a custar mais do que o dobro da convencional.

– O consumidor aceita o produto Premium. É muito claro isso. Ele não aceita um produto mais caro, não é isso que eu estou falando. Aceita um custo-benefício interessante. Pagar mais por um produto como o angus, que ele percebe que tem um valor. Que vale a pena pagar aquele preço – pondera.

FONTE: Canal Rural


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