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10/01/2012
Embarques de carne bovina devem voltar a crescer


Os exportadores brasileiros esperam elevar os embarques de carne bovina para países da Ásia e da América do Sul em 2012 revertendo a queda de cerca de 10% do volume exportado em 2011. Essas regiões apresentaram crescimento significativo nos embarques no ano passado.

O setor também espera a retomada das vendas à Rússia, ainda principal destino da proteína nacional, e a recuperação dos embarques para o Oriente Médio, afetados por problemas políticos internos. "Para voltarmos a ter crescimento de volume em 2012, esperamos a retomada de Rússia, maior flexibilidade das regras de importação da Europa e um Oriente Médio mais estabilizado", disse Fernando Sampaio, diretor executivo da Associação da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

José Carlos Hausknecht, analista da consultoria MB Agro, prevê que as exportações brasileiras de carne bovina devem crescer entre 2% e 5%, em volume, neste ano. Ele também vê Oriente Médio, China, Hong Kong e a retomada da Rússia como fatores fundamentais para a retomada da elevação dos embarques. Sampaio, da Abiec, lembrou que o volume embarcado em 2011 foi comprometido pelo embargo da Rússia a 85 frigoríficos brasileiros espalhados por Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. A chamada Primavera Árabe, que levou à queda de dirigentes em várias nações do Oriente Médio, também contribuiu. Além disso, a valorização do dólar até outubro de 2011 tirou competitividade da carne brasileira no exterior. "Mesmo assim, o preço médio da carne subiu muito, até pela alta de preço da matéria-prima (boi gordo)", ponderou o executivo da Abiec.

Apesar da queda no volume embarcado, a estimativa é que 2011 encerrou com recorde de receita. O setor deve ter embarcado 1,1 milhão de toneladas no ano, com faturamento de US$ 5,3 bilhões (+10%). A expectativa da indústria também é positiva quanto às vendas para Venezuela e Chile, que elevaram as compras de carne bovina do Brasil ao longo de 2011. "As exportações de gado em pé para a Venezuela despencaram, impulsionando a demanda pela carne. Já para o Chile as vendas estão aumentando desde o primeiro semestre. São tendências que continuarão em 2012", disse Sampaio, da Abiec. Alcides Torres, analista e diretor da Scot Consultoria, pondera que se o Brasil conseguir dirimir as barreiras relacionadas à febre aftosa, mercados relevantes como Japão, Coreia do Sul e Taiwan poderiam ser abertos à carne bovina brasileira. Os EUA, inclusive, já autorizaram a importação de carnes de Santa Catarina, Estado livre de aftosa sem vacinação. Já para o professor da Esalq/BM&F Sergio De Zen, o maior desafio para o setor em 2012 será manter os mercados já conquistados, por conta da ameaça à competitividade da carne brasileira e da equalização dos preços praticados no exterior.

Ele se refere ao aumento do custo de produção da proteína nacional, que ficou mais cara no mercado internacional e cujo preço se equiparou ao produto de concorrentes como EUA e Austrália. Questionado se uma eventual desaceleração da economia chinesa poderia afetar a demanda pela proteína brasileira, Hausknecht, da MB Agro, disse que o crescimento da China ainda será relevante, por volta de 8% em 2011. "Mas uma desaceleração (mais forte) na economia do país, juntamente com crises na Europa e Estados Unidos, seria problemática para os embarques brasileiros." Com Informações do Correio do Estado.

FONTE: BEEFWORLD


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