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20/01/2012
Americanos reduzem consumo de carne, de olho na saúde e no bolso


A inflação e a mudança de hábitos alimentares da população americana provocaram uma queda no consumo de carne e aves no país, segundo relatório do Departamento de Agricultura.

O documento mostra que neste ano o americano deve diminuir o consumo de carne e aves em 12,2% na comparação com 2007, quando a recessão nos EUA começou.

A projeção é que, em média, cada cidadão coma 36 kg de frango, 25 kg de carne bovina e 21 kg de carne de porco em 2012. Em relação ao ano passado, as quedas são de cerca de 4%, 6% e 1%, respectivamente.

No Brasil, de acordo com o IBGE, o consumo médio anual de carne bovina foi de 17 kg por pessoa em 2008 (último dado disponível). A média do consumo de carnes suínas foi de 6 kg, e o de aves, de 13 kg.

Segundo o Departamento de Agricultura americano, uma das explicações para a queda no consumo de carne e aves é a inflação registrada para esses produtos.

Carnes, aves e peixes subiram 6,7% em novembro de 2011 ante igual mês do ano anterior.

Emergentes

O relatório indica que, conforme a população de países emergentes tem mais dinheiro para comprar alimentos, as exportações americanas de carne crescem, o que diminui a disponibilidade interna do produto.

Como a produção não aumenta no mesmo ritmo, o preço sobe.

O Departamento de Agricultura culpa também o uso do milho como combustível -para fabricação de etanol- pela diminuição da oferta do grão usado na alimentação.

"Não é por acaso que o rápido crescimento da produção de etanol de milho coincide com a tendência de baixa nos Estados Unidos no consumo de carne de aves", diz o documento.

Outro fator que contribui para a queda no consumo é a mudança nos hábitos alimentares da população.

Para o Departamento de Agricultura, a propaganda feita por agências governamentais contribui para uma imagem negativa do consumo de carne, assim como a defesa que órgãos não governamentais fazem dos direitos dos animais.

Tendência

Entretanto, artigo recente das especialistas Carrie Daniel e Amanda Cross, do Instituto Nacional do Câncer, e de Corinna Koebnicka e Rashmi Sinhaa, do consórcio de saúde Kaiser Permanente, argumenta que a diminuição no consumo de carne é uma tendência em países desenvolvidos.

Os autores citam a crescente preocupação dos consumidores desde o final dos anos 80 com consumo de gordura e controle do colesterol como fator de mudanças na alimentação tanto dentro quanto fora de casa, mas destacam que o consumo de carne nos EUA ainda equivale a três vezes a média global.

FONTE: Folha de S. Paulo

 


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