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07/02/2012
Exportações de carne bovina crescem 15% em janeiro


O ano começou bem para o setor de carne bovina. O volume exportado pelo país em janeiro cresceu 15%. Clientes tradicionais do país aumentaram as compras, com destaque para Rússia, que comprou 14 mil toneladas, 6% a mais do que no mesmo mês do ano passado. Também tiveram destaque o Egito, que adquiriu 8 mil toneladas a mais do que no ano passado, aumento de 251%, e o Chile que, com o registro de febre aftosa no Paraguai, levou do Brasil duas mil toneladas.

— A gente teve uma recuperação para Rússia e pelo Egito, principalmente por conta da situação política no ano passado. Aumentaram também as vendas para Venezuela e Hong Kong — afirma Gabriela Tonini, coordenadora técnica da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

O aumento se deu mesmo sem a ajuda do câmbio, desfavorável ao Brasil na hora da exportação.

— O real forte perto do dólar acaba refletindo na competitividade dos produtores brasileiros no mercado externo. Mas mesmo assim a gente tem tido resultados positivos com as exportações — diz Gabriela.

O ano de 2012 pode ainda ser o início de um período positivo para as exportações brasileiras. Motivada por uma seca devastadora e altos custos com ração, o rebanho dos Estados Unidos passa pela pior crise dos últimos 60 anos. Com a redução do número de animais, as vendas norte-americanas devem diminuir e o Brasil pode ser a alternativa dos países compradores.

— Pode significar mais mercado para nós na Rússia, por exemplo, que nós atendemos e eles também. Alguns nós não acessamos, como Japão, Coreia do Sul e México. Mas os que nós competimos pode significar um pouco mais de volume este ano, o que poderia melhorar nossa exportação, que vem caindo há alguns anos — explica César de Castro Alves, analista da MBAgro.

Atento a este potencial de crescimento, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou um estudo com base em dados do próprio governo brasileiro, mostrando que as exportações do nosso agronegócio crescem mais rápido que outros países. Entre 2010 e 2020 os embarques de carne bovina norte-americanas devem crescer entre 5% e 10%. No mesmo período as vendas do Brasil devem ter um crescimento na faixa que varia entre 20% e 25%. Para o analista da MBAagro, na prática a realidade pode ser outra. Não se pode subestimar a eficiência dos Estados Unidos, que trabalham com sistema de confinamento e ganham na produtividade. Segundo ele, o Brasil hoje não teria oferta suficiente para atender a demanda mundial, mas a longo prazo pode chegar lá. O primeiro passo já foi dado com o início de um ciclo pecuário que pretende multiplicar o rebanho. O desafio agora deve ser recuperar, ampliar e conquistar novos mercados.

— A União Europeia está no horizonte. É um mercado que provavelmente não vai ser a salvação, mas por comprar cortes de preços elevados ele complementa muito bem para qualquer país — afirma Alves. Com informações do Canal Rural.

FONTE: BEEFWORLD


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