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19/03/2012
Mercado europeu menos atraente


Embora a União Europeia seja um mercado que ofereça melhores preços pela carne bovina, as dificuldades para acessar a região têm obrigado pecuaristas a investirem em outros clientes.

Segundo Paulo Molinari, analista da Safras & Mercados, a demanda interna da União Europeia está estabilizada em 8 milhões de toneladas há mais de 10 anos. “É um mercado com poucas alterações, portanto os volumes serão sempre limitados e reservados”, afirma.

As exigências de rastreabilidade trouxeram mudanças de processos nas fazendas e frigoríficos que agregaram custos. Segundo o analista, para obter lucro, o pecuarista teria que receber um ágio de 8% a 10% sobre o preço do boi gordo no mercado.

“Este prêmio para o boi europeu tem oscilado bastante, e agora ainda mais, agravado pela crise europeia, os pecuaristas não recebem mais que R$ 1,00 a R$2,00/@ acima do preço do boi gordo não rastreado, ou 3% a mais, no máximo. Infelizmente, não se pode dizer que este valor incentive o rastreamento”, avalia.

A competitividade do produto nacional no mercado externo é outro fator que tem desestimulado as negociações com a UE.

“Os preços da carne bovina na América do Sul saltaram da faixa de US$ 3 mil /ton para US$ 5 mil / ton em média. No caso brasileiro, este preço mais alto compensou o preço do boi gordo que ficou entre US$ 55/@ e US$60/@, mas não melhorou a rentabilidade nas exportações” diz.

Desde janeiro deste ano, o Brasil passou a administrar a lista de fazendas habilitadas a fornecer a canre bovina que será exportada para a União Europeia. A lista atualizada quinzenalmente registrou queda no número de fazendas interessadas em oferecer carne bovina para aquele mercado. Eram 1948 priopriedades aptas em janeiro, e 1930 no mês seguinte.

“O mercado nacional está perdendo capacidade competitiva, por isso a demanda para a Europa não avança”, explica Ênio Marques, atual secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. Ele esteve à frente das negociações para alteração das regras para exportação de carne bovina para o bloco econômico.

“Carne rastreada, com custo alto e com grandes restrições técnicas para a Europa não é o caminho para expansão brasileira. Outros mercados como Caribe, África e Ásia devem ser procurados no sentido da recuperação do volume exportado”, conclui Molinari.

FONTE: Beefworld


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