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26/04/2012
Confinamento de bovinos deve crescer 19% no Brasil em 2012


Estudo realizado pelo banco com informações inéditas indica que expansão pode ser uma dos maiores da história brasileira. Estados como Rondônia, Pará, Tocantins e Bahia iniciam a sua participação nos levantamentos e apresentam avanços significativos.

O Banco Original, instituição financeira controlada pela J&F, holding que engloba JBS, Eldorado Brasil e Flora, divulga nesta terça-feira sua primeira Pesquisa de Intenção de Confinamento, realizada por 80 profissionais do banco na primeira semana de abril em dez estados brasileiros. A equipe entrevistou 227 pecuaristas - sendo 107 clientes do banco - sobre sua intenção de confinar animais em 2012, razões para o aumento ou diminuição da utilização deste recurso, uso de instrumentos de proteção do preço, distribuição mensal do abate, principais meses para compra de insumos, uso de consultoria externa, peso no abate e rendimento da carcaça.

O resultado mostrou uma intenção de confinar animais 19,3% superior ao confinamento de 2011, o que pode ser uma das maiores taxas de crescimento da atividade. Entre 2003 e 2011, o crescimento médio do número de animais confinados foi de 5,7%, sendo que a maior expansão havia sido registrada em 2004, de 19%, segundo o Anualpec 2011. Esta estimativa de crescimento expressivo em 2012 acontece após o registro de resultados fracos para atividade em 2011, quando não houve diferença entre o preço médio da safra e da entressafra, ponto importante para a boa rentabilidade nesta atividade.

O crescimento evidenciou uma série de diferenças regionais. Estados menos tradicionais na atividade, como Rondônia, Pará, Tocantins e a Bahia apareceram na pesquisa com 20%, 40%, 75% e 100% de aumento, respectivamente, todas taxas acima da média nacional. Estas regiões nem entravam em pesquisas anteriores sobre confinamento, mas tendem a apresentar importância gradativa devido à expansão agrícola e intensificação da produção pecuária.

As regiões tradicionais nesta atividade, que apresentam volume mais expressivo de animais confinados, como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, apareceram com aumento de 6%, 10%, 20% e 30%, respectivamente. Os dois maiores, São Paulo e Goiás, apareceram com taxas menores que a média nacional.

Confinamento especulativo e estratégico

Outro resultado importante foi a proporção da atividade de confinamentos entre estratégico e especulativo. O confinamento estratégico faz parte do manejo da fazenda e permite a sua repetição todos os anos. Já o confinamento especulativo é decidido com base nas condições de mercado, sendo a engorda de animais confinados um investimento calculado com base no retorno.

A pesquisa mostrou que 67% dos confinamentos da amostra são estratégicos. Os estados tradicionais, como Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, registram proporção próxima a 70%, enquanto São Paulo concentra os confinamentos especulativos, pois apenas 26% dos confinamentos são estratégicos. Essa maior proporção de confinamentos especulativos no estado de São Paulo é explicada pela presença menos significativa de grandes propriedades com atividade de cria e recria, assim como nos demais estados confinadores. O alto custo da terra neste estado possibilita, na sua maioria, uma produção intensiva de animais, reduzindo a participação de confinamentos como parte do manejo do sistema de produção.

Caso seja extrapolada a proporção da pesquisa para o Brasil, usando as diferenças de amostragem, a proporção de confinamentos estratégicos soma 56% do total. A maior participação de confinamentos estratégicos explica o aumento na intenção de confinamento, mesmo após um ano menos competitivo para a atividade, como em 2011.

No caso de redução na intenção do número de animais confinados em 2012, os principais motivos relatados foram os altos custos de produção e a perspectiva desfavorável do preço de venda.

Proteção financeira

O uso de instrumentos de proteção contra oscilação de preços deve crescer 140% neste ano, concentrado nos estados tradicionais. Foi identificado também o maior interesse por opções e operações no mercado futuro, como instrumentos de proteção do preço.

Uso de consultorias externas

Outras informações foram levantadas com o objetivo de acompanhar nos próximos anos a evolução técnica dos principais índices do confinamento. Dois terços dos pesquisados usam consultoria nutricional, sendo que uma parcela desses ainda complementa a consultoria com aspectos gerenciais. A proporção média de concentrado na dieta total é de 71%.

Peso médio para abate do boi

Os confinadores apresentaram, em 2011, um peso médio de abate de 18,1 arrobas e um rendimento de carcaça de 53,8%. A evolução das diferenças regionais desses indicadores deve ser acompanhada, a fim de que seja observada a intensificação desta etapa do sistema de produção.

FONTE: BeefWorld


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