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30/04/2012
Abiec vê abertura de mercados após vaca louca nos EUA


A ocorrência de um caso de doença de vaca louca nos Estados Unidos abre a possibilidade de o Brasil entrar em mercados em que ainda não está presente, mais do que a alternativa de ganhar fatias destinadas à carne bovina norte-americana, disse o presidente da associação que reúne exportadores.
 
"Do lado do aspecto técnico e financeiro, o caso abre a possibilidade de o Brasil agregar valor ou entrar em mercados que praticamente não está ou ainda não atua", disse Antonio Camardelli, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne Bovina (Abiec).
 
Entre estes mercados, Camardelli cita a Coreia do Sul, Japão, Taiwan e Indonésia, países que tradicionalmente pagam mais pela carne bovina.
 
"Nossa visão passa pela oportunidade de que estes países, onde o processo de abertura para o Brasil está em andamento, possam levar à entrada (do produto brasileiro)... induzidos pela necessidade de abastecimento", acrescentou.
 
Um exemplo é a Indonésia que enviou equipe técnica por duas vezes ao Brasil no ano passado e já conta uma lista de propriedades habilitadas a exportar para aquele país, mas até o momento não foram feitos embarques.
 
Depois do caso de vaca louca detectado em uma vaca leiteira da Califórnia nesta semana, a Indonésia suspendeu parcialmente as compras de alguns tipos de cortes de carne bovina dos EUA, e a Rússia disse na quarta-feira que não descarta restrições temporárias ao país.
 
Importantes compradores como México, Coreia do Sul, Japão e União Europeia disseram que vão continuar importando a carne dos EUA.
 
Camardelli observa que a expectativa dos exportadores brasileiros não é ocupar fatia destinada aos EUA, por causa das diferenças no produto ofertado. Ele explica que a carne norte-americana é caracterizada pelo "marmoreio", ou seja, é entremeada por gordura, diferentemente da carne brasileira.
 
"Nossa expectativa é entrar nestes mercados e competir nos cortes nos segmentos em que já somos competitivos", afirmou.
 
Apesar de vislumbrar oportunidades para o Brasil, Camardelli pondera que a descoberta da doença levanta um outro aspecto que afeta o setor de um modo geral, que é a conotação negativa para o consumidor em relação ao produto.
 
"Ninguém se beneficia de um evento negativo. O abalo é de todo o setor", avaliou Camardelli.
 
As exportações de carne bovina do Brasil cresceram gradativamente na última década, reflexo do aumento da produção, preços mais baixos e boa qualidade do produto. Mas os embarques tiveram salto mais expressivo em 2004 e 2005, período posterior à descoberta do caso de vaca louca, em dezembro de 2003 nos EUA.
 
NOVO STATUS

O executivo ressaltou que no próximo mês, o Brasil será elevado ao status de risco 1 (menor risco) para a doença da vaca louca pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), que colocará o país em grupo com maior abertura no mercado internacional.
 
O encontro da OIE acontece em meados de maio.

"É importante e muito significativo para o Brasil", afirmou Camardelli.

Segundo ele, esta classificação permitirá ao Brasil retomar as exportações de tripa para a Europa e também deixa o país em posição de exportar carne com osso, para alguns países como a Turquia.

FONTE: Agrolink


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