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07/05/2012
A “nova” poupança e os investimentos no agronegócio


Por Paulo Costa

A nova regra anunciada para a remuneração das cadernetas de poupança tem um efeito prático imediato e simples, particularmente para os pequenos poupadores, pois toca um ícone da mentalidade econômica de milhões de brasileiros, pouco afeitos à sofisticação de outros tipos de investimento financeiro.
Pretendemos trazer à reflexão o que esta importante mudança pode acarretar para as decisões dos grandes investidores, sem esquecer aqueles com possibilidades de captar fundos no exterior e interná-los fazendo aplicações financeiras que lhes rendiam (ainda rendem) fortunas. Em certos casos, ao examinar os balanços de grandes empresas que operam no Brasil, multinacionais ou não, notamos que o resultado financeiro é muitas vezes superior à renda operacional. Uma distorção que o governo Dilma Rousseff pretende atacar – a primeira grande estocada vem com a mudança das regras da poupança, quebrando a trava para viabilizar a queda rápida e previsível da taxa SELIC e afetando diretamente os níveis de juros cobrados pelo sistema financeiro do País.
Claro que BioAgroEnergia não é o fórum próprio para se debater ou analisar as consequências destas alterações, cujas repercussões já estão sendo debatidas por quem domina o assunto. O que queremos refletir aqui é sobre a importância destas mudanças para o perfil de investimentos no Brasil e a grande oportunidade que se materializa em ver este dinheiro que hoje é investido com caráter de mera especulação financeira ser canalizado para inversões em terras, em atividades agropecuárias e na agroindústria.
Não precisamos repisar a realidade que já é o Brasil em termos de ser o grande celeiro do mundo. A produção de alimentos encontra em nosso País área agricultável não ou mal explorada em larga escala; clima adequado para a produção de todo e qualquer tipo de alimento e criação de suínos, bovinos e aves; abundância de água (grande problema na maior parte do globo); potencial de geração de energia; repositório de pesquisas genéticas de ponta e por aí vamos. Qualquer investidor atento, estrangeiro ou local, nota com facilidade que, no momento em que for fechada a torneira do ganho financeiro fácil, é no campo e na agroindústria que seu dinheiro vai encontrar retorno mais seguro.
Tudo muito bonito e simples de raciocinar. Mas com não há bela sem senão, aqui colocamos, para fechar nossa reflexão, três pontos que necessitam ser rapidamente resolvidos para que esta oportunidade que logo vai surgir não desapareça por conta destes obstáculos: 1. a rápida solução das regras do Código Florestal; 2. a definição, de uma vez por todas, da regulação sobre o tema de propriedade de terras por estrangeiros; e, 3. a questão de infra-estrutura no País, desde o tema dos transportes terrestres até a adequação de nossos portos.
Vamos pensar sobre isto, senhores governantes. A iniciativa privada está fazendo sua parte nas questões de infraestrutura – falta a do governo. Mas não há como interferir na lentidão exasperante com que se resolvem questões de segurança jurídica, cruciais para sustentar a atração por novos investimentos na agricultura, pecuária e agroindústria.

FONTE: Brasil Agro


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