Preços globais dos alimentos têm retração de 1,4% em abril
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Os preços globais dos alimentos caíram 1,4% em abril depois de meses de altas consecutivas. Porém, eles parecem se estabilizar em níveis relativamente elevados, segundo relatório da FAO. Houve queda de 5% no valor do açúcar, de 1,2% do milho, de 1% no trigo, que compensaram a alta de 2,2% no custo de óleos vegetais causado pela cotação maior da soja. Para os próximos meses, a pressão continuará sendo de baixa. As perspectivas para o segundo semestre e o próximo ano indicam melhoras entre oferta e demanda. A fatura global das importações de alimentos poderá declinar para US$ 1,24 trilhão comparada ao recorde de US$ 1,29 trilhão do ano passado. Na Europa, o aumento dos preços em certas commodities agrícolas alertou alguns analistas sobre o retorno do custo alto dos alimentos como deflagrador de uma nova inflação global. O foco desta avaliação foi sobre a soja, que teve aumento de até 27% neste ano. Em nível menor, os preços do cacau e do trigo também subiram. No entanto, alguns especialistas observam que estes preços são resultados de choques específicos de oferta. A alta na cotação da soja é reflexo dos estragos da seca na América do Sul, da menor produção nos EUA e problemas de esmagamento do grão na China. Eles avaliam, ainda, que não é o nível dos preços das commodities que influenciam na taxa de inflação, mas a mudança deles durante o período de um ano. Considerando que os preços estão 18% abaixo em relação a 2011, a expectativa é que eles não tenham efeito sobre a inflação nos próximos meses. O economista Andrew Kenningham, em Londres, estima que a maioria dos preços continuará em queda em razão da oferta que tende a melhorar em vários mercados e do crescimento da demanda global, apesar de ser menor que a prevista causada pela recessão na zona do euro e da desaceleração na China. Nesse sentido, os valores dos alimentos vão contribuir para a queda da inflação nos preços nos próximos meses e no ano que vem, em especial na Europa, em resposta ao enfraquecimento da demanda global. (AM) FONTE: Beefworld
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