Em março, as exportações de carne bovina da Argentina totalizaram somente 18.300 toneladas de carcaça com osso, uma queda de 25% com relação ao ano anterior afetando os envios da cota Hilton, que deixará de ser cumprida faltando 13.000 toneladas , que finaliza em 30 de junho, segundo o analista Ignacio Iriarte, que destacou que, no primeiro trimestre, as exportações de carne bovina caíram 56% com relação aos três primeiros meses de 2010.

A cota Hilton da Argentina é de 30.000 toneladas anuais. No entanto, a demora na distribuição por parte do Governo das cotas aos frigoríficos e a alta concentração da distribuição farão com que a Argentina perca cerca de US$ 200 milhões por não cumprir a cota total.

Com relação aos preços, ele disse que o novilho na Argentina, com US$ 4 por quilo no gancho, está bem acima que no Brasil (US$ 3,20), no Uruguai (US$ 3,65) e no Paraguai (US$ 2,90). “Considerando os impostos de 15%, o custo do novilho para a indústria argentina é de US$ 4,75 por quilo no gancho”.

Com relação ao consumo, calculou que com 57 quilos de carne bovina por pessoa, 39 quilos de carne de frango e 8 quilos de carne suína, a oferta de “carnes” na Argentina, cerca de 104 quilos totais, cobre perfeitamente as necessidades da demanda. “No entanto, no Uruguai, durante o ano passado, foram consumidos 59 quilos de carne bovina, 19,5 quilos de frango e 10,5 quilos de carne suína, o que daria um total de 89 quilos per capita”.

No entanto, a Câmara de Feedlot da Argentina advertiu em um novo relatório que até agora, “a entrada de animais está sendo feita de maneira gradual, mas constante. Após chegar ao pico de ocupação de 45% no começo de fevereiro e março, a tendência se deteve e a safra das parições de 2012 começou a aparecer”.

Março mostrou o rompimento da tendência de baixa, ficando comum índice de Reposição (IRF) positivo de 1,27; isso quer dizer que teve mais entradas e do que saídas. Abril consolidou essa tendência e chegou a encerrar 1,44 animal, por cada cabeça vendida. Esses valores são de currais que trabalham os 365 dias por ano.

FONTE: BeefPoint